O Festival ECOAR – Festival de Ativismo para Enfrentamento da Violência Sexual – teve sua 1ª edição realizada no dia 24 de setembro de 2022, no Museu de Arte do Rio (MAR), no Centro do Rio de Janeiro. O evento, que contou com mais de 50 convidados e mais de 12 horas de programação gratuita, foi dividido em cinco eixos distintos: Território de Partilhas; Formação; Territórios de Vivências; Trocas de Experiências; Oficinas, além de um espaço infantil e uma feira de empreendedorismo. 

As atividades promovidas durante o ECOAR! proporcionaram uma série de encontros com o objetivo de desencadear diálogos importantes sobre a crise global da violência sexual, superar o estigma frequentemente associado a ela, e dar a todas as pessoas a chance de dizer às sociedades: “Basta! A violência sexual deve acabar”. O encontro foi, também, um espaço de construção de redes, com destaque para profissionais da educação, saúde, assistência social, pesquisadores, artistas e ativistas, especialmente da Maré e da região portuária da cidade do Rio de Janeiro. Durante o evento, foram abordados três temas centrais: ativação de redes coletivas de apoio; violência corporal e sexual; e linguagens políticas e pedagógicas. A proposta foi criar um ambiente seguro e aberto para debates e trocas de experiências, construindo solidariedade e estimulando mudanças de atitudes na sociedade.

O ECOAR! é inspirado e promovido em parceria com o Festival Shameless!, do projeto SHaME (Sexual Harms and Medical Encounters), um grupo de pesquisa interdisciplinar dirigido pela historiadora Professora Joanna Bourke e sediado em Birkbeck, Universidade de Londres. No Brasil, o Shameless ganha versão brasileira com o nome “ECOAR”, e inaugura sua edição no Rio de Janeiro com curadoria e produção da Redes da Maré. A primeira edição do Shameless!, realizada em novembro de 2021 no Battersea Arts Centre, em Londres, promoveu debates abertos sobre a violência sexual em suas mais diferentes formas e influenciou em mudanças de atitudes em relação à violência sexual. 

O projeto contou com patrocínio da Universidade de Birkbeck, The Wellcome Trust; Instituto Cultural Vale e Itaú, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e teve como realizadores a Redes da Maré, o projeto SHaME, a Fundação WOW e o Museu de Arte do Rio - MAR.