DCSIMG


O Conjunto de Favelas da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, recebe pela 1ª vez o Festival Mulheres do Mundo, realizado no Brasil desde 2018 pela Redes da Maré.

A programação reunirá mulheres das 15 favelas da Maré, onde vivem mais de 140 mil pessoas, além de participantes de outras favelas, territórios periféricos e cidades de todo o Brasil, incluindo convidadas internacionais. A proposta é promover debates e trocas que ultrapassem fronteiras, abordando temas relevantes não apenas para o público feminino, mas para toda a sociedade civil.



DIA 1

Programação completa
24 de outubro, sexta-feira

 

 

Territórios de partilha

9h30-10h | Areninha Cultural Herbert Vianna

Mesa de abertura

Com a diretora da Fundação WOW, Colette Bailey, e a diretora fundadora da Redes da Maré, Eliana Sousa Silva

Mesa de abertura do Festival para desejar as boas-vindas às participantes e apresentar o WOW Rio.

 

Roda de conversa

10h-12h | Espaço Normal

Educação expandida  Transformar a escola, transformar o mundo 

Com Benilda Brito e Olaolu Fajembola
Mediação: Profª Aline Regina Brito

Nessa conversa, as práticas pedagógicas se apresentam como territórios políticos. Da sala de aula à roda comunitária, do quilombo urbano às epistemologias da oralidade, as educadoras partilham experiências que deslocam o centro, ampliam o ensino e convocam a presença como ferramenta de transformação. São vozes que apostam na educação como construção de pertencimento, memória e criatividade. Um encontro para pensar outros modos de aprender e existir, onde escola, arte e vida caminham lado a lado. 

  

Fóruns de debate

10h-12h | Galpão Saúde 

Juntas pelo fim do feminicídio 

Com Renata Lira, Adriana Mota e Giowana Cambrone
Mediação: Miriam Krenzinger

A mesa reúne pesquisadoras e ativistas para compartilhar experiências e metodologias voltadas à prevenção do feminicídio e à construção de alternativas no campo da garantia do direito à vida. A partir de diferentes contextos e práticas, discutem-se caminhos possíveis para transformar os cenários de morte em territórios de presença e dignidade. 

 

Trocas de experiências

10h-12h | Prédio Central - Sala Bárbara

Nas florestas e nas cidades: mulheres em luta pela vida

Com Ìyá Bernadete de Oxóssi, Sarah Marques e Selma Dealdina
Mediação: Cinthia Mendonça

Mulheres se encontram para partilhar suas lutas em defesa do planeta e dos modos de existência ameaçados pela lógica do mercado e do extrativismo predatório. Esta conversa tece pontes entre ancestralidade, espiritualidade e resistência comunitária. Em comum, o enfrentamento ao apagamento dos saberes da terra e a afirmação de práticas que colocam o corpo, o território e o bem viver no centro da luta pela vida.

 

Trocas de experiências 

10h-12h | Prédio Central - Sala Rebeca

Insegurança alimentar e cozinhas comunitárias 

Com Carmen Silva (MSTC), Luna Arouca, Maíra do MST 

Mediação: Mariana Aleixo 

Em um país onde a fome ainda é um dos grandes desafios para a superação da pobreza, e a insegurança alimentar atinge milhões de pessoas, mulheres de diferentes territórios estão na linha de frente construindo alternativas concretas de sobrevivência e soberania alimentar. Das cozinhas comunitárias urbanas às experiências agroecológicas do campo, esse diálogo reúne lideranças que enfrentam a lógica da escassez com organização popular, solidariedade e autogestão. Mais que resposta emergencial, as cozinhas são territórios de resistência onde se disputa o direito à terra, ao alimento, ao cuidado e ao futuro. 

 

Compartilhando trajetórias

10h-10h40Biblioteca Popular Escritor Lima Barreto - Terraço 

Com Miriam Generoso

Miriam Generoso é uma mulher negra, favelada, moradora e articuladora territorial do Morro da Providência, onde idealizou o espaço socioeducativo Casa de Afetos das Mulheres da Providência. O espaço utiliza o diálogo, a escuta, a fala e as redes de afetos como ferramentas de fortalecimento de mulheres em vulnerabilidades.

 

Espaço Mapear

10h-12h | Biblioteca Popular Escritor Lima Barreto - 3º andar

Oficina com profissionais da saúde, educação e assistência

Facilitação: Luciano Ramos 

Oficina formativa voltada a profissionais da saúde, educação e assistência social que atuam com crianças, adolescentes e jovens. O processo busca articular conhecimentos e práticas sobre equidade de gênero, saúde sexual e reprodutiva e corresponsabilidade masculina. Ao final da formação, cada participante será convidado a elaborar um Plano de Ação com atividades pedagógicas aplicáveis em seus territórios de atuação, fortalecendo redes de cuidado e prevenção das violências.

 

Oficina 

10h-12h | Prédio Central - Ateliê Azulejaria

Corpos-Territórios: Oficina Artivista de Justiça Reprodutiva e Climática

A oficina convida a refletir sobre como a degradação ambiental e a negação dos direitos reprodutivos fazem parte de um mesmo sistema de opressão e se entrelaçam. No primeiro momento, serão compartilhadas informações e vivências sobre a interseção entre justiça climática e reprodutiva. Em seguida, passamos à criação: mulheres se expressam pintando manequins femininos, transformando corpos em territórios de resistência. O processo culmina numa exposição aberta, onde cada obra faz uma metáfora dos corpos como territórios, transformando-os em suportes de denúncia, memória e esperança, ampliando o diálogo para além do grupo participante.

 

Compartilhando trajetórias

10h-12h | Casa das Mulheres da Maré

Visita guiada pela Casa das Mulheres da Maré

 

Oficina

10h-12h | Casa das Mulheres da Maré

Oficina de gastronomia

Com Tia Nice do Organicamente Rango

Cleunice Maria de Paula, a tia Nice, é chef de cozinha, líder comunitária e embaixadora da cozinha orgânica na região de Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo, onde está à frente do restaurante Organicamente Rango. Um dos focos de Tia Nice é oferecer alimentos orgânicos para a periferia a preços acessíveis e da sua horta com plantas alimentícias não convencionais (PANCS) saem a base para receitas de comida ancestral. 

 

Olhares Crioulos Femininos Cruzados

10h-12h30Casa Preta —  Laje

Oficina de Danças de Guadalupe

Com Stella Moutou e Natty Montella 

Essa oficina apresenta o universo do Gwoka, prática cultural que reúne música, canto e dança sobre os tambores Ka e também outros ritmos tradicionais da ilha. Nascidas da resistência de pessoas escravizadas, essas expressões seguem vivas como práticas de memória, ancestralidade e celebração coletiva. A oficina convida participantes a experimentar os fundamentos rítmicos e corporais dessas danças, explorando a potência do corpo em diálogo com o tambor.

 

Territórios de partilha 

10h30-12h30Areninha Cultural Herbert Vianna

Mulheres de favela: força e continuidade

Com Eliana Sousa Silva e Jurema Batista | Mediação: Andreza Jorge

Um encontro entre mulheres que entendem a favela como lugar de resistência, criação e transformação. Eliana Sousa Silva e Jurema Batista, importantes lideranças das lutas comunitárias no Rio de Janeiro, compartilham experiências de mobilização política. Uma troca sobre os desafios enfrentados e seus pensamentos sobre o futuro.

 

Compartilhando trajetórias

11h-11h40 | Biblioteca Popular Escritor Lima Barreto — Terraço 

Com Ana Paula Brasil

A jornalista Ana Paula Brasil é gerente de Responsabilidade Social na Globo e trabalhou por 20 anos nos principais telejornais da empresa. Formada pela UFRJ, tem pós-graduação em Responsabilidade Social e Terceiro Setor pela mesma universidade.

 

Olhares Crioulos Femininos Cruzados

11h-12h | Casa Preta - 2º andar 

Conversa Sonora

Com Yémendja Abatuci 

Yémendja Abatuci é artista sonora da Martinica que trabalha com voz, instrumentos, materiais e ambientes para criar arquivos sonoros e composições imersivas. Utiliza captações do seu entorno e vozes para construir narrativas e musicalidades que conectam experiências pessoais à memória coletiva. Nessa conversa, a artista vai compartilhar sua intenção artística e seu trabalho com mulheres.

Oficina 

11h30-13h30 | Centro de Artes da Maré (CAM)

Oficina Corpo Cria 

Com Camila Rocha

Camila Rocha é pessoa não binária da Rocinha, atriz, performer, diretora de movimento,  pesquisadora em dança e cria do grupo Nós do Morro. Nessa oficina, usa o BPM do funk como base metodológica. Inspirada na peça performativa Becos de veias, a atividade conecta memória, ancestralidade e resistência, propondo uma contranarrativa poética sobre a favela, combinando teoria e prática, danças negras e populares brasileiras. É um convite a jovens e adultos a experimentar o corpo que pulsa, vibra e escreve sua própria história.

 

Compartilhando trajetórias

12h-12h40 | Biblioteca Popular Escritor Lima Barreto —  Terraço 

Olhares Crioulos Femininos Cruzados

Com Raphaëlle Rinaldo e Clarisse Ansoe-Tareau

Raphaëlle Rinaldo é diretora da SEPANGUY, principal associação de proteção ambiental na Guiana. Doutora em engenharia, foi responsável científica do Parque Nacional da Guiana, com  um trabalho de ponte entre ciências, instituições e populações. Caribenha por origem e guianense de coração, conecta saberes acadêmicos, práticas populares e culturas crioulas e indígenas para repensar as relações com os territórios. 

Originária da comunidade Maroon Ndjuka, na Guiana, Clarisse Ansoe-Tareau é mediadora cultural, científica e de saúde. Especialista em línguas e práticas bushinengue, atua pelo reconhecimento e pela transmissão de patrimônios imateriais que articulam saberes ancestrais e desafios contemporâneos, incluindo conhecimentos relacionados às plantas medicinais e à biodiversidade.

 

Roda de conversa

12h30-14h30 | Espaço Normal

Espaços e Cidades para todes

Com Ana Paula Germano, Amanda Lyra, Maria Antônia Goulart | Mediação: Lu Viegas  

Como criar cidades que acolham e celebrem a potência das diferenças? Esse debate propõe refletir sobre o capacitismo e suas barreiras — físicas, sociais e simbólicas — e sobre a urgência de transformar a cidade em território de pertencimento. Entre políticas públicas, práticas comunitárias e experiências cotidianas, o debate pauta a acessibilidade para corpos diversos.

 

Fóruns de debate

12h30-14h30 | Galpão Saúde 

Justiça Reprodutiva em Movimento: Aborto e Ativismo

Com Nara Menezes, Caren Paola Inofuentes, Ana Beatriz Sousa | Mediação Carla Angelini

A luta pelo direito ao aborto atravessa fronteiras e conecta ativismos em toda a América Latina. Enquanto em alguns países avanços recentes ampliam a autonomia de pessoas com útero, em outros contextos cresce o conservadorismo que insiste em criminalizar e silenciar esse debate. Esta mesa reúne ativistas e pesquisadoras para compartilhar estratégias de resistência, experiências de mobilização social e articulações regionais que defendem o aborto como questão de justiça social.

 

Trocas de experiências 

12h30-14h30 | Prédio Central —  Sala Bárbara

Inventar saídas, construir refúgios 

Com Carmem Costa, Miriam Generoso e Giulia Luz | Mediação: Myllenne Fortunato

Esta roda reúne mulheres que atuam no cotidiano de favelas construindo redes de apoio, enfrentamento à violência e estratégias para justiça. Entre desafios estruturais e potências coletivas, compartilham caminhos construídos na escuta, no afeto e na mobilização política de base. Uma conversa sobre o que é fazer justiça em um país onde o direito não atinge um conjunto da população e como, apesar dos muitos desafios, mulheres organizadas reinventam o cuidado como ferramenta de transformação social.

 

Trocas de experiências 

12h30-14h30 | Prédio Central — Sala Rebeca

Amor entre mulheres - reconhecimento, luta e afeto

Com Majô Pinho, Dayana Gusmão e Mônica Benício | Mediação: Jaqueline Andrade

Quando mulheres amam mulheres, desafiam narrativas hegemônicas e criam novos modos de existir. Esta conversa reúne vozes que atravessam o campo do afeto e da política para afirmar a centralidade das mulheres lésbicas e LGBTQIAPN+ na luta por direitos, reconhecimento e dignidade. Entre memórias, corpos e territórios, falamos de amor como insurgência, visibilidade como sobrevivência e gênero como campo de disputa e reinvenção.

 

Territórios de partilha 

13h-15h | Areninha Cultural Herbert Vianna

Desafiando narrativas e construindo saberes na encruzilhada 

Com Conceição Evaristo, Castiel Vitorino e Génova Alvarado | Mediação: Carmen Luz

É no cruzo entre ancestralidade e presença que emergem novas formas de narrar, pensar e existir. A encruzilhada é um princípio de travessia e invenção. Lugar onde os tempos se dobram e diversos saberes se encontram. Esta mesa nos convida a reconhecê-la como metodologia criativa que subverte fronteiras, abrindo caminhos para outras epistemologias, negras, ameríndias, faveladas, múltiplas e insurgentes. 

 

Compartilhando trajetórias

13h-13h40 | Biblioteca Popular Escritor Lima Barreto —  Terraço

Com Mestra Japira Pataxó

Mestra Japira Pataxó é pajé da aldeia Novos Guerreiros, na Bahia, é reconhecida por preservar e ensinar os saberes tradicionais e as tecnologias e histórias do povo Pataxó. Também é autora do livro Saberes dos matos Pataxó e hoje atua como professora visitante na Universidade Federal da Bahia, onde, em 2022, recebeu o título de Doutora em Educação. 

 

Oficina

13h-14h | Prédio Central - Ateliê Azulejaria

Oficina de Bandeiras, Mulheres Negras em Movimento

Com Jovens Artivistas

Atividade de acolhimento e expressão voltada para meninas e mulheres, que serão convidadas a criar bandeiras e cartazes como forma de manifestar suas vozes, lutas e desejos. A proposta valoriza cada voz como parte essencial da construção coletiva e convida todas a se juntarem ao movimento das Jovens Artivistas, projeto que une arte e política para fortalecer o ativismo de jovens mulheres da Maré e do Alemão, na luta por justiça e transformação social, a partir de encontros com oficinas artísticas.

 

Roda de conversa | Espaço Mapear

14h-16h | Biblioteca Popular Escritor Lima Barreto — 3º andar

Masculinidades Plurais

Com Paulo Ricardo Azevedo, Jonas Maria e Jéssica Lima Trindade | Mediação: Luciano Ramos 

O encontro propõe um diálogo aberto sobre as múltiplas formas de viver e expressar as masculinidades, reconhecendo suas relações com as violências de gênero, os direitos sexuais e reprodutivos e o cuidado. A roda afirma a diversidade como princípio fundamental e convida à reflexão sobre práticas cotidianas que possam promover equidade e novas formas de ser homem, em diálogo com a comunidade.

 

Compartilhando trajetórias

14h-14h40 | Biblioteca Popular Escritor Lima Barreto — Terraço

Com Ìyá Bernadete de Oxóssi

Bernadete de Oxóssi é yalorixá, camponesa, periférica e coordenadora do Movimento Negro Unificado. Fundou o Coletivo de Mulheres Sementes de Marielle, é militante da Teia dos Povos e presidenta do PSOL em Ilhéus. Também atua como coordenadora de Povos Tradicionais da APA da Lagoa Encantada e Rio Almada.

 

Oficina

14h-16h | Centro de Artes da Maré (CAM)

Deixa as Garota Brincar A história do funk dançada e contada por mulheres

Com Taísa Machado, Mariluz, Aline Maia e Idayá Oliver

O time de quatro artistas da dança, com foco no funk, rebolado e passinho, se junta, nessa oficina, para oferecer ao público uma experiência de coreografia, memória e celebração. Com chancela da plataforma Afrofunk Rio, o quarteto repassa a história do funk carioca, mostrando o protagonismo das mulheres, enquanto ensina à turma passinho, rebolado e outras linguagens de dança que marcaram diferentes gerações. 

 

Oficina

14h-16h30 | Casa das Mulheres da Maré

Turbantes - Tecendo subjetividades, amarrando continentes

Com Gabrielle Monteiro

Na oficina oferecida pelo projeto Maré de Belezas cada participante terá a oportunidade de vivenciar a prática de amarração e estilização de turbantes. Durante a experiência, será possível fazer nós das heranças africanas, conhecer significados e suas atualizações na afrodiáspora brasileira. A prática mostra como as corporeidades negras oferecem possibilidades de refazimento das identidades negras, historicamente massacradas e interditadas pela colonialidade patriarcal. 

 

Roda de Conversa + Olhares Crioulos Femininos Cruzados

14h30-16h | Casa Preta  — 2º andar
Espírito Festivo da Afrodiáspora

Com Helena Theodoro,  Mirian Torres e Natty Montella  | Mediação: Djamila Delannon

A proposta dessa mesa é refletir sobre o carnaval, as festas populares e as práticas artísticas como lugares de memória, resistência e invenção no mundo afrodiaspórico. A partir de experiências em territórios diversos, a ideia é discutir como o espírito festivo mobiliza ancestralidade, corporeidade e coletividade, criando formas de enfrentar violências históricas e de afirmar modos de existência. O encontro destaca a potência política da festa e sua capacidade de articulação comunitária, de produção de saberes e de reinvenção de mundos possíveis.

 

Olhares Crioulos Femininos Cruzados

14h30-16h | Casa Preta —  Laje

Oficina Educação Popular e Ecofeminismos 

Com Nil Quivar e Anne Leduc

A oficina propõe um espaço de reflexão e prática coletiva a partir do diálogo entre educação popular e perspectivas ecofeministas. As participantes serão convidadas a partilhar experiências, saberes e estratégias de resistência que conectam corpo, território, meio ambiente e justiça social e fazer conexões entre a Maré e a Martinica.

 

Oficina 

14h30-15h30 | Prédio Central - Sala Lia Rodrigues 

Oficina de Dança Corpo Imagem

Com Allenkr Soares

A oficina Corpo Imagem é uma provocação a novos estímulos e olhares inspirados na imaginação radical negra. Propõe um exercício de escape das lógicas sistematizadas do cotidiano, abrindo espaço para criar, reinventar e experimentar. A prática convida a sentir, olhar e imaginar coletivamente: olhar para quem dispõe da visão, sentir para quem percebe o volume, imaginar a partir de sons, cheiros, texturas e de tudo aquilo que nos afeta. Inspirada na dança afro-primitiva e na dança contemporânea, a oficina propõe descobrir novas formas de falar com o corpo, expandindo a percepção e a expressão de si e do coletivo.

 

Oficina

14h30-16h30 | Prédio Central — Ateliê Azulejaria

Serigrafia em Papel - Criação de cartazes

Com Juh Barbosa

Nessa oficina, idealizada pela designer, ilustradora e serigrafista Juh Barbosa, os participantes vão experimentar o processo de impressão manual em papel, criando cartazes autorais, enquanto exploram cores, texturas e composições. Sem necessidade de experiência prévia, a proposta é vivenciar a prática, de forma criativa e coletiva. Ao final, cada participante poderá levar seu cartaz. 

 

Compartilhando trajetórias

15h-15h40 | Biblioteca Popular Escritor Lima Barreto — Terraço 

Com Carmen Silva

Nascida em Santo Estêvão (BA), Carmen Silva mudou-se para São Paulo com oito filhos em busca de melhores condições de vida e ajudou a fundar o Movimento dos Sem-Teto do Centro (MSTC) e a Ocupação 9 de Julho. Atua como professora e assessora-chefe de Participação e Diversidade do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

 

Roda de conversa

15h-17h | Espaço Normal

Maternidades plurais, maternidades possíveis 

Com Danielle Silva,  Elenia Cardoso e Luana Fontel | Mediação: Lian Tai

Maternar é um gesto coletivo. Uma rede que se constrói nas ruas, nas universidades e em muitas formas de convívio. Essa conversa convoca um olhar sensível para os desafios cotidianos do cuidado, a urgência de políticas de acolhimento e a construção de espaços onde mães e crianças possam existir com escuta e afeto.

 

Fóruns de debate

15h-17h | Galpão Saúde 

Ciências forenses a serviço do acesso à Justiça

Com Cristina Quirino, Desirée Azevedo e Natasha Neri | Mediação: Marcela Cardoso

Em muitos territórios de favela, a investigação de crimes é atravessada por práticas de ocultamento que dificultam a produção de provas e a responsabilização dos envolvidos. Corpos retirados antes da perícia, vestígios apagados ou manipulados e a ausência de agentes especializados na cena são exemplos de um processo sistemático que silencia histórias e protege violências. Diante disso, o campo das ciências forenses — incluindo a arquitetura — aparece como uma ferramenta fundamental para reconstituir acontecimentos e ampliar as possibilidades de acesso à justiça e à reparação.

 

Trocas de experiências 

15h-17h | Prédio Central — Sala Bárbara

Espiritualidade de matrizes africanas em espaços periféricos  

Com Ìyá Márcia de Ogun, Dandara Suburbana e Ìyá Paula de Odé | Mediação: Ekedi Fabiola Machado

Em tempos de avanço do fundamentalismo e da intolerância religiosa, as espiritualidades de matrizes africanas seguem enfrentando o racismo em seus corpos, terreiros e comunidades. Esta mesa reúne mulheres que mantêm viva a força dos orixás em territórios marcados por violências históricas. Compartilhando práticas que destacam a importância da cultura afro-brasileira, esse encontro afirma a centralidade das espiritualidades negras na luta por território.

 

Trocas de experiências

15h-17h | Prédio Central — Sala Rebeca

Artivismo - o futuro se cria agora

Com Sabrina Azevedo, Ytxaha Braz, Raquel Marreiro e Lua Brainer | Mediação: Cathy Mcllwaine  

Esta roda reúne jovens artistas que fazem da palavra, da imagem e do corpo ferramentas de reivindicação e transformação. Suas práticas nascem do confronto com as injustiças e da vontade de reinventar o mundo. Entre poesia, performance e outras linguagens, produzem novas narrativas, mobilizando e abrindo caminhos para fabular outros futuros no aqui-agora.

 

Territórios de partilha 

15h30-17h30 | Areninha Cultural Herbert Vianna

Olhares Crioulos Femininos Cruzados

Reparação é justiça social para todas as mulheres

Com Anielle Franco, Clarisse Taulewali da Silva e Macaé Evaristo | Mediação: Cristiane Brandão

Falar de reparação é imaginar estruturas onde o cuidado, a equidade e a liberdade sejam garantidos como direitos. É pensar políticas que nascem no cotidiano e ganham fôlego nas agendas de  instituições que podem contribuir para avanços na proteção de mulheres. Uma conversa sobre passado, presente e porvir que se entrelaçam na busca por um tipo de  justiça que reconheça as violências históricas e valorize nossas potências.

 

Compartilhando trajetórias

16h-16h40 | Biblioteca Popular Escritor Lima Barreto — Terraço

Com Michele Gandra

Michelle Gandra é cozinheira e instrutora do Maré de Sabores, projeto que promove geração de renda e inclusão social para mulheres da Maré, no Rio de Janeiro. Começou no projeto como aluna e hoje atua como coordenadora do buffet Maré de Sabores, um negócio social, e na formação de profissionais em gastronomia. É reconhecida pelo seu trabalho de empoderamento feminino através da culinária.

 

Oficina

16h-18h | Prédio Central— Sala Lia Rodrigues 

Com Tamy Reis (DJ Tamy)

DJ Tamy, cria da Zona Norte do Rio, é uma das principais representantes femininas do hip hop e da música negra no Brasil. Já passou por grandes festivais, marcas e programas de TV, além de ser premiada como Melhor DJ de Hip Hop pelo WME Awards. Nessa oficina, vai conduzir uma introdução básica à mixagem, com técnicas simples, abordando velocidade da música, contagem de compassos e repertório. 

 

Olhares Crioulos Femininos Cruzados

17h-19h | Casa Preta 

Performance artística - Lèspri Lakou: O Círculo das Vozes

Com Cynthia Phibel, Jessica Laguerre, Natty Montella e Stella Moutou 

A obra com artistas de Guadalupe é composta por intervenções que combinam partilhas de leituras, performances e trocas no círculo da palavra cocriadora. A instalação, que evoca o espírito de comunidade e solidariedade da cultura guadalupense, acontece em torno de um círculo formado por pequenos bancos (tiban), dispostos numa roda, ao som de ritmos como tambor Ka, Gwoka e léwòzm (percussão tradicional). Músicas e cantoras convidam o público a participar. O tiban guadalupense simboliza proteção, sabedoria e conexão com os ancestrais.

 

Compartilhando trajetórias

17h-17h40 | Biblioteca Popular Escritor Lima Barreto - Terraço 

Com Dona Mariza Nascimento

Dona Mariza Nascimento é nordestina, liderança comunitária do Complexo do Alemão, técnica em Agente Comunitária de Saúde, inconformada com as condições de vida nas favelas.

 

Trocas de experiências

17h30-19h30 | Prédio Central — Sala Rebeca

Meninas Faveladas no centro da luta por justiça climática 

Com Leticia Guimarães, Gabrielly Martins e Thaynara Fernandes | Mediação: Anna Carolina Fraga

A crise climática não afeta todos da mesma forma; nas favelas, seus impactos se entrelaçam a desigualdades sociais e raciais históricas. Nessa roda, jovens que vivem e atuam nesses territórios compartilham suas experiências que colocam a justiça climática como um urgente debate, refletindo sobre a construção de alternativas políticas capazes de transformar realidades e garantir um futuro às próximas gerações.

 

Roda de conversa

17h30-19h30 | Espaço Normal

Lideranças faveladas  o ontem e o hoje

Com Jurema Batista, Joana Angélica e Heloisa Marcondes | Mediação: Andreza Jorge

Nessa roda, encontram-se mulheres que foram e seguem sendo pilares da organização política nas favelas do Brasil. Referências históricas no ativismo de base, elas estiveram na emblemática reunião de Bertioga nos anos 1980 — marco na articulação de mulheres faveladas em torno de pautas urgentes como moradia, saúde, justiça e segurança. Com trajetórias que atravessam décadas, enfrentaram ditadura, ausência de políticas públicas, apagamentos institucionais e as múltiplas formas de violência racial e de gênero. Hoje, seguem semeando cuidado, memória e luta em seus territórios. A conversa será um tributo vivo às que vieram antes e seguem abrindo caminhos. 

 

Fóruns de debate

17h30-19h30 | Galpão Saúde 

Corpo consciente: medicina ancestral

Com Pabla San Martin, Mestra Japira Pataxó, Edneide Pereira e Clarisse Ansoe-Tareau| Mediação: Aline Cipriano

Esse encontro destaca práticas de cuidado entre mulheres, conectando saberes ancestrais e evidenciando como a transmissão de conhecimento pode fortalecer comunidades. As convidadas ressaltam a importância da memória e da continuidade de práticas intergeracionais na promoção da saúde e na criação de espaços de cuidado e proteção para mulheres, reafirmando saberes coletivos que atravessam gerações. 

 

Trocas de experiências 

17h30-19h30  | Prédio Central - Sala Bárbara

Pluralidade política, democracia viva

Com Luyara Franco, Benny Brioli e Juliana Marques | Mediação: Lia Manso 

Essa mesa convida a refletir sobre a importância da presença feminina no campo da política institucional — presenças ainda minoritárias, mas fundamentais para tensionar desigualdades históricas e abrir novas perspectivas de participação social. O encontro destaca práticas que fortalecem a coletividade e revelam o protagonismo das mulheres negras na formulação de agendas transformadoras, apontando para a construção de uma democracia mais plural, enraizada e viva.

 

Territórios de partilha 

18h-20h | Areninha Cultural Herbert Vianna

Raízes de resistência: germinando futuros na luta por Justiça Climática

Com Sarah Marques, Thuane Thux e Jurema Werneck | Mediação: Eliane Brum

Um diálogo que reúne mulheres com vivências e origens distintas para compartilhar visões de mundo ancoradas no cuidado, na escuta e na ação coletiva. A partir de saberes construídos na relação com seus territórios, com a ancestralidade e com formas de resistência cotidianas, a conversa propõe uma reflexão sobre os impactos da crise climática e as múltiplas formas de enfrentamento já em curso.

 

Artístico Cultural

18h-19h30 | Centro de Artes da Maré (CAM)

Espetáculo de dança A terra que piso é Maré 

Com Mulheres ao Vento 

Criado em 2016 por Andreza Jorge e Simonne Alves, o Mulheres ao Vento é um projeto de dança antirracista de base comunitária com foco na produção artística e ativista de mulheres no Conjunto de Favelas da Maré. Inspirado e adaptado a partir de um dos itans (lendas) do orixá Nanã, A terra que piso é Maré narra histórias que acontecem na Nova Holanda, uma das 15 favelas da Maré, onde mulheres protagonistas da luta e da transformação se tornam a base e o coração do território.

 

Compartilhando trajetórias

18h-18h40 | Biblioteca Popular Escritor Lima Barreto — Terraço 

Com Caroline Amanda

Caroline Amanda é cientista social, psicanalista e especialista em saúde íntima, reprodutiva e sexual. É fundadora da Yoni das Pretas, primeira comunidade no Brasil a integrar saúde, conhecimento, cuidado e prazer, de forma emancipatória para o bem-viver — para quem cuida e merece ser cuidada.

 

Artístico Cultural

20h-20h30 | Areninha Cultural Herbert Vianna

Show com Tamy Reis (DJ Tamy)

Cria da Zona Norte do Rio, DJ Tamy é uma das principais representantes femininas do hip hop e da música negra no Brasil, idealizadora do movimento #BlackPopMusic, que ressignifica a presença da Black Music no mainstream. Seu single Nada me para une R&B, pop e rap, ao lado de Anchietx e Becca, e o EP Baile da Tamy (2024) é uma celebração das sonoridades periféricas, do poder feminino e da cultura urbana. 

 

Artístico Cultural

20h30-21h30 | Areninha Cultural Herbert Vianna

Pocket show com BIAB 

A cantora e compositora carioca mostra toda a sua versatilidade artística, passeando por R&B, soul music e afrobeats, sem deixar a MPB de lado. Depois dos sucessos LadoB (2021) e do EP Lapa (2022), BIAB se prepara para lançar um novo álbum em 2026.

 

Artístico Cultural

21h30-22h30  | Areninha Cultural Herbert Vianna

Show com Tamy Reis (DJ Tamy)



 

PROGRAMAÇÃO INFANTIL



Areninha Cultural Herbert Vianna

Biblioteca Jorge Amado 

9h-19h

Aberta ao público - ver no mapa

 

10h-11h | Teatro Dandarilê  A menina e o barril

Teatro de bonecos idealizado pela contadora de histórias Juliana Figueiredo, com enfoque nas temáticas étnicas raciais indígenas e africanas. 

 

14h-15h30 | Contação de histórias

Com: Camila Zarite

Camila Zarite é atriz e contadora de histórias negras, que utiliza brinquedos pedagógicos afrocentrados, resgatando a ancestralidade negra no projeto educacional Akoko Nan Educação.



Biblioteca Popular
Escritor Lima Barreto

Sala de Leitura 
 

9h-19h

Aberta ao público

 

10h-11h30 | Contação de histórias

Com: Camila Zarite

Camila Zarite é atriz e contadora de histórias negras, utiliza brinquedos pedagógicos afrocentrados, resgatando a ancestralidade negra no projeto educacional Akoko Nan Educação.

 

14h-15h | Teatro Dandarilê  A menina e o barril

Teatro de bonecos idealizado pela contadora de histórias Juliana Figueiredo, com enfoque nas temáticas étnicas raciais indígenas e africanas.

 



 


24 DE OUTUBRO, SEXTA-FEIRA
25 DE OUTUBRO, SÁBADO

INSTALAÇÃO ARTÍSTICA E PERFORMANCES

10h-19h | Casa Preta - 1º andar

Instalação Artística Territoires croisés | Territórios cruzados 

Regards Croisés Féminins Créoles. O espaço funciona como um convite a se conectar com a diversidade desses territórios e será atualizado em tempo real durante os dois dias do Festival WOW.

Olhares Crioulos Femininos Cruzados

10h-19h | Casa Preta

Pintura ao vivo

Com Cedex
Cedex, artista contemporâneo da Guiana, realiza uma pintura ao vivo em frente à Casa Preta. Sua prática, atravessada por uma perspectiva queer e decolonial, entrelaça cartografias íntimas e coletivas da identidade. Ao longo de dois dias, Cedex realizará uma pintura in situ, em diferentes momentos do dia, criando também oportunidades de troca com o público sobre seu processo criativo.

Olhares crioulos Femininos Cruzados

17h-19h | Casa  Preta - 1º andar

Performance Artística 

Com Cynthia Phibel, Jessica Laguerre, Natty Montella e Stella Moutou

Lèspri Lakou: O círculo das vozes consiste em intervenções que combinam partilhas de leituras, performances e trocas no círculo da palavra cocriadora. A instalação evoca o espírito de comunidade e solidariedade presente na cultura guadalupense e será organizada em torno de um círculo formado por vários tiban, dispostos segundo o Lawonn (a roda, em créole), espaço circular do léwòzm, ritmo de percussão tradicional de Guadalupe. Em torno do KA e do GWOKA, músicos e cantores (tanbouyé e chanté) convidam o público a participar. O tiban guadalupense, um pequeno banco, com seus significados culturais e espirituais, simboliza proteção, sabedoria e conexão com os ancestrais.

 

 

TEMPORADA FRANÇA BRASIL + L'ORÉAL 

 

Neste ano, teremos o prazer de acolher a iniciativa Regards Créoles, Féminins Croisés, programa integrante da Temporada França-Brasil 2025. Participantes da Guiana, Martinica e Guadalupe virão enriquecer as trocas e os intercâmbios com a Maré em torno da noção de território e da crioulização — aqui compreendido como experiências, identidades e espaços moldados pelas relações, pelos encontros e pela diversidade.


A programação do Regards Croisés Féminins Créoles / Olhares Crioulos Femininos Cruzados irá compor Diálogos do Festival WOW e ocupará a Casa Preta da Maré com intervenções, oficinas, rodas de conversa e exposições. 

 

ATIVAÇÕES REDES DA MARÉ | PRÉDIO RITMA

 

Espaço de apresentação de projetos e ações da Redes da Maré no território, com destaque para as frentes de trabalho da organização, que buscam promover o desenvolvimento da Maré e a efetivação dos direitos fundamentais da população. A metodologia é baseada em mobilização territorial e articulação de parcerias; realização de projetos, programas e ações como experimentação e aprendizados; produção de dados e de conhecimento sobre o território, capazes de oferecer novas narrativas sobre a favela; e incidência para provocar políticas públicas mais eficazes, que garantam aos moradores da Maré os mesmos direitos e oportunidades de quem vive em outras regiões da cidade. 

 

A partir das 9h30  | Instalação Podcast “Visão de Dentro” 

O podcast inédito Visão de Dentro, lançado pela Redes da Maré, analisa e debate o papel das ciências forenses na luta por justiça para vítimas da violência de Estado. O conteúdo revela ainda os bastidores das dinâmicas das operações policiais, que provocam violações e impedem o acesso à segurança pública como um direito nesses espaços e o cumprimento da justiça. O podcast lança luz sobre a sistemática ausência de produção de provas, como as perícias de local em homicídios decorrentes de operações policiais em favelas, e suas consequências para o acesso à Justiça. 

 

9h30 | Ponto de Encontro - Circuito CliMaré (Duração 1h30)

O Circuito CliMaré é um convite do Eixo de Direitos Urbanos e Socioambientais para uma caminhada pela Mare? com olhos atentos e ouvidos abertos. Durante o percurso, a proposta é conversar sobre desafios urbanos e socioambientais que atravessam a vida de quem vive na favela, como a falta de saneamento, o acúmulo de lixo e as ilhas de calor, mas também vislumbrar respostas criativas frente à crise climática. O circuito inclui a visita a um telhado verde, a um biodigestor e a composteiras, projetos realizados pela Redes da Mare.  

 

10h-12h | Visão de Dentro: Narrativas de Justiça

Com Maiara Oliveira, Ana Paula Oliveira  e Bruna Silva | Mediação Maria Tereza Cruz

Esse painel reúne mulheres que transformaram suas experiências em luta por justiça e reparação frente à violência armada. Inspirado na primeira temporada do podcast Visão de Dentro, o painel amplia para o espaço público as narrativas sobre os impactos das operações policiais em Manguinhos e na Maré, e as estratégias de enfrentamento a um sistema de justiça que insiste em falhar desde suas etapas iniciais. Mais do que testemunhos, este é um espaço de memória e mobilização coletiva, reafirmando a importância da investigação e da perícia de local como passos fundamentais para que a justiça se torne possível.


13h | Ponto de Encontro  Circuito CliMaré (Duração 1h30)


13h30-15h30 | Lançamento da pesquisa Infâncias na Maré Impactos da violência armada na saúde e imunização

Em 2025, a Redes da Maré, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), realizou a pesquisa Infâncias na Maré  impactos da violência armada na saúde e imunização, que investigou como a violência armada e o racismo institucional afetam o direito à saúde de gestantes e crianças de 0 a 6 anos no Conjunto de Favelas da Maré. O estudo reúne dados sobre acesso ao pré-natal e à imunização, com base em entrevistas, grupos focais, observação em campo e análise de informações secundárias. O objetivo é evidenciar as barreiras impostas pela violência armada e como comprometem a continuidade do cuidado e a cobertura vacinal, além de apontar os efeitos emocionais e psicológicos vividos pela população da Maré.

 

13h30-13h50 | Mesa de abertura

Com: Flávia Antunes Michaud (Chefe do escritório do Unicef no Rio de Janeiro) e Luna Arouca (Núcleo de Acompanhamento Institucional/Redes da Maré)

13h50-14h15 | Apresentação da pesquisa Infâncias na Maré  Impactos da violência armada na saúde e imunização

Com: Carolina Dias (Coordenadora do eixo Direito à Saúde da Redes da Maré); Tatiana Dias (Especialista em Saúde e Primeira Infância da Unicef); Representante da Secretaria Municipal de Saúde

15h05-15h30 |  Contribuições dos participantes dos grupos focais, debate e fechamento.

 

16h-17h30 | Lançamento do livro Elas em Cena: experiências de mulheres em situação de rua e de redutoras de danos na Maré e projeção do filme A minha vida já é um filme

Com Vanda Canuto, Tatiana Altberg e mulheres participantes do Elas em Cena

O Espaço Normal, referência em redução de danos na Maré, completa dez anos em 2025. Desde 2023, desenvolve o Elas em Cena, que envolve mais de 40 mulheres em situação de rua, usuárias de drogas e em contextos de extrema vulnerabilização, construindo estratégias de cuidado, com perspectiva de gênero. Do processo nasceram duas produções: o livro Elas em Cena: experiências de mulheres em situação de rua e de redução de danos na Maré (2024), com fotografia, entrevistas e artigos das redutoras de danos, e o filme A minha vida já é um filme, realizado em 2025, que mostra a convivência no espaço como dispositivo de cuidado e liberdade.

 

18h-19h30 | Lançamento do livro Do Luto à Luta: trajetórias de mulheres vítimas de violências do Estado no Conjunto de Favelas da Maré

Com Mulheres em Movimento da Maré

A roda de conversa “Do Luto à Luta” será um espaço para ouvir as vozes de mulheres da Maré que tiveram suas trajetórias atravessadas pela violência do Estado. Essas narrativas foram reunidas no livro, organizado pela professora Eblin Farage e fruto da parceria entre a Casa das Mulheres da Redes da Maré e o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Favelas e Espaços Populares (NEPFE) da UFF.  A publicação mostra como o luto pela perda de filhos e familiares pode se transformar em força de resistência e mobilização coletiva. No encontro, essas mulheres compartilham memórias, denunciam injustiças e afirmam seu protagonismo na luta por segurança pública e direitos, mostrando que não são apenas vítimas, mas pessoas que constroem caminhos de justiça, memória e vida.



Vai ter show na Areninha Cultural Herbert Vianna na sexta, 24 de outubro!

 

20h-20h30
Show  Tamy Reis (DJ Tamy)

Cria da Zona Norte do Rio, DJ Tamy é uma das principais representantes femininas do hip hop e da música negra no Brasil, idealizadora do movimento #BlackPopMusic, que ressignifica a presença da Black Music no mainstream. Seu single Nada me para une R&B, pop e rap, ao lado de Anchietx e Becca, e o EP Baile da Tamy (2024) é uma celebração das sonoridades periféricas, do poder feminino e da cultura urbana. 

 

20h30-21h30
Pocket show com BIAB

A cantora e compositora carioca mostra toda a sua versatilidade artística, passeando por R&B, soul music e afrobeats, sem deixar a MPB de lado. Depois dos sucessos, LadoB (2021) e do EP Lapa (2022), BIAB se prepara para lançar um novo álbum em 2026.

 

 

Ao longo de três dias incríveis, mulheres de diferentes países, regiões do Brasil e bairros do Rio se reunirão para diálogos urgentes e transformadores sobre justiça de gênero, igualdade e liderança feminina – temas que ressoam profundamente no Brasil e em todo o mundo na atual conjuntura global. O festival terá formatos com painéis, performances e oportunidades de diálogo que destacam a força, a criatividade e a resiliência de mulheres e meninas.

 

 

Territórios de partilha

O propósito é refletir sobre grandes temas que atravessam agendas e orientam discursos de mulheres em diferentes territórios, discutindo pautas do presente e projetos de futuro para sujeitos historicamente marginalizados, a partir da atuação de mulheres ativistas de diferentes gerações.

 

Roda de conversa

A proposta é aprofundar perspectivas, ações e vivências de mulheres que atuam em seus territórios e/ou trazem a perspectiva de seus grupos sociais, para engajar a plateia e pluralizar as conversas. 

 

Fóruns de debate

Troca de ideias e opiniões sobre assuntos atuais de interesse das mulheres, para o aprofundamento de temas e ampliação de  perspectivas. 

 

Trocas de experiências

Partilhas de experiências e práticas em encontros estratégicos, para a articulação de agendas políticas coletivas das mulheres. 

 

Compartilhando trajetórias

Espaço de partilha das histórias inspiradoras de vida das convidadas com o público, para a celebração coletiva de trajetórias individuais de mulheres.

 

Oficinas

Atividades com o público guiadas pelas convidadas.

 

Olhares Crioulos Femininos Cruzados

Programa da Temporada França-Brasil 2025, a iniciativa reúne convidadas de Guiana, Martinica e Guadalupe para trocas e intercâmbios.

 

Jovens Artivistas

Atividades pensadas pelo projeto que une arte e política para fortalecer jovens mulheres da Maré e do Alemão.

 

Espaço Mapear

Eixo masculinidades, com reflexões sobre equidade de gênero, direitos reprodutivos e corresponsabilidade masculina para a transformação social.

 

Ativações Redes da Maré

Apresentação de projetos e ações que buscam a efetivação dos direitos fundamentais da população do Conjunto de Favelas da Maré.

 

Ativismo 

Espaço de visibilidade para projetos e ações de ativismo de organizações parceiras, com encontro, oficinas e feira.

 

Programação Infantil

Atividades para as crianças nas bibliotecas.

 

Artístico Cultural

Programação de shows. 

 

Intervenção artística e performances

Instalação, pintura ao vivo e performances.

 

Esporte

Campeonato de futsal e corrida.