Com a diretora da Fundação WOW, Colette Bailey, e a diretora fundadora da Redes da Maré, Eliana Sousa Silva
Mesa de abertura do Festival para desejar as boas-vindas às participantes e apresentar o WOW Rio.
Com Benilda Brito, Olaolu Fajembola e Tebogo Nimindé-Dundadengar
Mediação: Profª Aline Regina Brito
Nessa conversa, as práticas pedagógicas se apresentam como territórios políticos. Da sala de aula à roda comunitária, do quilombo urbano às epistemologias da oralidade, as educadoras partilham experiências que deslocam o centro, ampliam o ensino e convocam a presença como ferramenta de transformação. São vozes que apostam na educação como construção de pertencimento, memória e criatividade. Um encontro para pensar outros modos de aprender e existir, onde escola, arte e vida caminham lado a lado.
Com Renata Lira, Rita Segatto e Giowana Cambrone
Mediação: Adriana Mota
A mesa reúne pesquisadoras e ativistas para compartilhar experiências e metodologias voltadas à prevenção do feminicídio e à construção de alternativas no campo da garantia do direito à vida. A partir de diferentes contextos e práticas, discutem-se caminhos possíveis para transformar os cenários de morte em territórios de presença e dignidade.
Com Ìyá Bernadete de Oxóssi, Sarah Marques e Selma Dealdina
Mediação: Cinthia Mendonça
Mulheres se encontram para partilhar suas lutas em defesa do planeta e dos modos de existência ameaçados pela lógica do mercado e do extrativismo predatório. Esta conversa tece pontes entre ancestralidade, espiritualidade e resistência comunitária. Em comum, o enfrentamento ao apagamento dos saberes da terra e a afirmação de práticas que colocam o corpo, o território e o bem viver no centro da luta pela vida.
Com Carmen Silva (MSTC), Luna Arouca, Maíra do MST | Mediação: Mariana Aleixo
Em um país onde a fome ainda é um dos grandes desafios para a superação da pobreza, e a insegurança alimentar atinge milhões de pessoas, mulheres de diferentes territórios estão na linha de frente construindo alternativas concretas de sobrevivência e soberania alimentar. Das cozinhas comunitárias urbanas às experiências agroecológicas do campo, esse diálogo reúne lideranças que enfrentam a lógica da escassez com organização popular, solidariedade e autogestão. Mais que resposta emergencial, as cozinhas são territórios de resistência onde se disputa o direito à terra, ao alimento, ao cuidado e ao futuro.
Miriam Generoso é uma mulher negra, favelada, moradora e articuladora territorial do Morro da Providência, onde idealizou o espaço socioeducativo Casa de Afetos das Mulheres da Providência. O espaço utiliza o diálogo, a escuta, a fala e as redes de afetos como ferramentas de fortalecimento de mulheres em vulnerabilidades.
Facilitação: Luciano Ramos
Oficina formativa voltada a profissionais da saúde, educação e assistência social que atuam com crianças, adolescentes e jovens. O processo busca articular conhecimentos e práticas sobre equidade de gênero, saúde sexual e reprodutiva e corresponsabilidade masculina. Ao final da formação, cada participante será convidado a elaborar um Plano de Ação com atividades pedagógicas aplicáveis em seus territórios de atuação, fortalecendo redes de cuidado e prevenção das violências.
A oficina convida a refletir sobre como a degradação ambiental e a negação dos direitos reprodutivos fazem parte de um mesmo sistema de opressão e se entrelaçam. No primeiro momento, serão compartilhadas informações e vivências sobre a interseção entre justiça climática e reprodutiva. Em seguida, passamos à criação: mulheres se expressam pintando manequins femininos, transformando corpos em territórios de resistência. O processo culmina numa exposição aberta, onde cada obra faz uma metáfora dos corpos como territórios, transformando-os em suportes de denúncia, memória e esperança, ampliando o diálogo para além do grupo participante.
A Casa das Mulheres da Maré ocupa um lugar fundamental na história do Festival, tendo sido o começo das reflexões sobre gênero e a potência das mulheres no território. Nesta visita guiada, as participantes terão a oportunidade de conhecer mais sobre a trajetória da Casa, sua importância para a defesa dos direitos das mulheres e o histórico de força, resistência e luta das mulheres da Maré.
Com Tia Nice do Organicamente Rango
Cleunice Maria de Paula, a tia Nice, é chef de cozinha, líder comunitária e embaixadora da cozinha orgânica na região de Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo, onde está à frente do restaurante Organicamente Rango. Um dos focos de Tia Nice é oferecer alimentos orgânicos para a periferia a preços acessíveis e da sua horta com plantas alimentícias não convencionais (PANCS) saem a base para receitas de comida ancestral.
Com Stella Moutou e Natty Montella
Essa oficina apresenta o universo do Gwoka, prática cultural que reúne música, canto e dança sobre os tambores Ka e também outros ritmos tradicionais da ilha. Nascidas da resistência de pessoas escravizadas, essas expressões seguem vivas como práticas de memória, ancestralidade e celebração coletiva. A oficina convida participantes a experimentar os fundamentos rítmicos e corporais dessas danças, explorando a potência do corpo em diálogo com o tambor.
Com Eliana Sousa Silva e Jurema Batista | Mediação: Andreza Jorge
Um encontro entre mulheres que entendem a favela como lugar de resistência, criação e transformação. Eliana Sousa Silva e Jurema Batista, importantes lideranças das lutas comunitárias no Rio de Janeiro, compartilham experiências de mobilização política. Uma troca sobre os desafios enfrentados e seus pensamentos sobre o futuro.
Com Yémendja Abatuci
Yémendja Abatuci é artista sonora da Martinica que trabalha com voz, instrumentos, materiais e ambientes para criar arquivos sonoros e composições imersivas. Utiliza captações do seu entorno e vozes para construir narrativas e musicalidades que conectam experiências pessoais à memória coletiva. Nessa conversa, a artista vai compartilhar sua intenção artística e seu trabalho com mulheres.
Oficina
Com Camila Rocha
Camila Rocha é pessoa não binária da Rocinha, atriz, performer, diretora de movimento, pesquisadora em dança e cria do grupo Nós do Morro. Nessa oficina, usa o BPM do funk como base metodológica. Inspirada na peça performativa Becos de veias, a atividade conecta memória, ancestralidade e resistência, propondo uma contranarrativa poética sobre a favela, combinando teoria e prática, danças negras e populares brasileiras. É um convite a jovens e adultos a experimentar o corpo que pulsa, vibra e escreve sua própria história.
Com Raphaëlle Rinaldo e Clarisse Ansoe-Tareau
Raphaëlle Rinaldo é diretora da SEPANGUY, principal associação de proteção ambiental na Guiana. Doutora em engenharia, foi responsável científica do Parque Nacional da Guiana, com um trabalho de ponte entre ciências, instituições e populações. Caribenha por origem e guianense de coração, conecta saberes acadêmicos, práticas populares e culturas crioulas e indígenas para repensar as relações com os territórios.
Originária da comunidade Maroon Ndjuka, na Guiana, Clarisse Ansoe-Tareau é mediadora cultural, científica e de saúde. Especialista em línguas e práticas bushinengue, atua pelo reconhecimento e pela transmissão de patrimônios imateriais que articulam saberes ancestrais e desafios contemporâneos, incluindo conhecimentos relacionados às plantas medicinais e à biodiversidade.
Com Ana Paula Germano, Amanda Lyra, Maria Antônia Goulart | Mediação: Lu Viegas
Como criar cidades que acolham e celebrem a potência das diferenças? Esse debate propõe refletir sobre o capacitismo e suas barreiras — físicas, sociais e simbólicas — e sobre a urgência de transformar a cidade em território de pertencimento. Entre políticas públicas, práticas comunitárias e experiências cotidianas, o debate pauta a acessibilidade para corpos diversos.
Com Nara Menezes, Caren Paola Inofuentes, Ana Beatriz Sousa | Mediação: Carla Angelini
A luta pelo direito ao aborto atravessa fronteiras e conecta ativismos em toda a América Latina. Enquanto em alguns países avanços recentes ampliam a autonomia de pessoas com útero, em outros contextos cresce o conservadorismo que insiste em criminalizar e silenciar esse debate. Esta mesa reúne ativistas e pesquisadoras para compartilhar estratégias de resistência, experiências de mobilização social e articulações regionais que defendem o aborto como questão de justiça social.
Com Carmem Costa, Miriam Generoso e Giulia Luz | Mediação: Myllenne Fortunato
Esta roda reúne mulheres que atuam no cotidiano de favelas construindo redes de apoio, enfrentamento à violência e estratégias para justiça. Entre desafios estruturais e potências coletivas, compartilham caminhos construídos na escuta, no afeto e na mobilização política de base. Uma conversa sobre o que é fazer justiça em um país onde o direito não atinge um conjunto da população e como, apesar dos muitos desafios, mulheres organizadas reinventam o cuidado como ferramenta de transformação social.
Com Majô Pinho, Dayana Gusmão e Mônica Benício | Mediação: Jaqueline Andrade
Quando mulheres amam mulheres, desafiam narrativas hegemônicas e criam novos modos de existir. Esta conversa reúne vozes que atravessam o campo do afeto e da política para afirmar a centralidade das mulheres lésbicas e LGBTQIAPN+ na luta por direitos, reconhecimento e dignidade. Entre memórias, corpos e territórios, falamos de amor como insurgência, visibilidade como sobrevivência e gênero como campo de disputa e reinvenção.
Com Conceição Evaristo, Castiel Vitorino e Génova Alvarado | Mediação: Carmen Luz
É no cruzo entre ancestralidade e presença que emergem novas formas de narrar, pensar e existir. A encruzilhada é um princípio de travessia e invenção. Lugar onde os tempos se dobram e diversos saberes se encontram. Esta mesa nos convida a reconhecê-la como metodologia criativa que subverte fronteiras, abrindo caminhos para outras epistemologias, negras, ameríndias, faveladas, múltiplas e insurgentes.
Mestra Japira Pataxó é pajé da aldeia Novos Guerreiros, na Bahia, é reconhecida por preservar e ensinar os saberes tradicionais e as tecnologias e histórias do povo Pataxó. Também é autora do livro Saberes dos matos Pataxó e hoje atua como professora visitante na Universidade Federal da Bahia, onde, em 2022, recebeu o título de Doutora em Educação.
Com Jovens Artivistas
Atividade de acolhimento e expressão voltada para meninas e mulheres, que serão convidadas a criar bandeiras e cartazes como forma de manifestar suas vozes, lutas e desejos. A proposta valoriza cada voz como parte essencial da construção coletiva e convida todas a se juntarem ao movimento das Jovens Artivistas, projeto que une arte e política para fortalecer o ativismo de jovens mulheres da Maré e do Alemão, na luta por justiça e transformação social, a partir de encontros com oficinas artísticas.
Com Paulo Ricardo Azevedo, Jonas Maria e Isabella Costa | Mediação: Luciano Ramos
O encontro propõe um diálogo aberto sobre as múltiplas formas de viver e expressar as masculinidades, reconhecendo suas relações com as violências de gênero, os direitos sexuais e reprodutivos e o cuidado. A roda afirma a diversidade como princípio fundamental e convida à reflexão sobre práticas cotidianas que possam promover equidade e novas formas de ser homem, em diálogo com a comunidade.
Bernadete de Oxóssi é yalorixá, camponesa, periférica e coordenadora do Movimento Negro Unificado. Fundou o Coletivo de Mulheres Sementes de Marielle, é militante da Teia dos Povos e presidenta do PSOL em Ilhéus. Também atua como coordenadora de Povos Tradicionais da APA da Lagoa Encantada e Rio Almada.
Com Taísa Machado, Mariluz, Aline Maia e Idayá Oliver
O time de quatro artistas da dança, com foco no funk, rebolado e passinho, se junta, nessa oficina, para oferecer ao público uma experiência de coreografia, memória e celebração. Com chancela da plataforma Afrofunk Rio, o quarteto repassa a história do funk carioca, mostrando o protagonismo das mulheres, enquanto ensina à turma passinho, rebolado e outras linguagens de dança que marcaram diferentes gerações.
Com Gabrielle Monteiro
Na oficina oferecida pelo projeto Maré de Belezas cada participante terá a oportunidade de vivenciar a prática de amarração e estilização de turbantes. Durante a experiência, será possível fazer nós das heranças africanas, conhecer significados e suas atualizações na afrodiáspora brasileira. A prática mostra como as corporeidades negras oferecem possibilidades de refazimento das identidades negras, historicamente massacradas e interditadas pela colonialidade patriarcal.
Com Helena Theodoro, Mirian Torres e Natty Montella | Mediação: Djamila Delannon
A proposta dessa mesa é refletir sobre o carnaval, as festas populares e as práticas artísticas como lugares de memória, resistência e invenção no mundo afrodiaspórico. A partir de experiências em territórios diversos, a ideia é discutir como o espírito festivo mobiliza ancestralidade, corporeidade e coletividade, criando formas de enfrentar violências históricas e de afirmar modos de existência. O encontro destaca a potência política da festa e sua capacidade de articulação comunitária, de produção de saberes e de reinvenção de mundos possíveis.
Com Nil Quivar e Anne Leduc
A oficina propõe um espaço de reflexão e prática coletiva a partir do diálogo entre educação popular e perspectivas ecofeministas. As participantes serão convidadas a partilhar experiências, saberes e estratégias de resistência que conectam corpo, território, meio ambiente e justiça social e fazer conexões entre a Maré e a Martinica.
Com Allenkr Soares
A oficina Corpo Imagem é uma provocação a novos estímulos e olhares inspirados na imaginação radical negra. Propõe um exercício de escape das lógicas sistematizadas do cotidiano, abrindo espaço para criar, reinventar e experimentar. A prática convida a sentir, olhar e imaginar coletivamente: olhar para quem dispõe da visão, sentir para quem percebe o volume, imaginar a partir de sons, cheiros, texturas e de tudo aquilo que nos afeta. Inspirada na dança afro-primitiva e na dança contemporânea, a oficina propõe descobrir novas formas de falar com o corpo, expandindo a percepção e a expressão de si e do coletivo.
Com Juh Barbosa
Nessa oficina, idealizada pela designer, ilustradora e serigrafista Juh Barbosa, os participantes vão experimentar o processo de impressão manual em papel, criando cartazes autorais, enquanto exploram cores, texturas e composições. Sem necessidade de experiência prévia, a proposta é vivenciar a prática, de forma criativa e coletiva. Ao final, cada participante poderá levar seu cartaz.
Nascida em Santo Estêvão (BA), Carmen Silva mudou-se para São Paulo com oito filhos em busca de melhores condições de vida e ajudou a fundar o Movimento dos Sem-Teto do Centro (MSTC) e a Ocupação 9 de Julho. Atua como professora e assessora-chefe de Participação e Diversidade do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Com Danielle Silva, Elenia Cardoso e Luana Fontel | Mediação: Lian Tai
Maternar é um gesto coletivo. Uma rede que se constrói nas ruas, nas universidades e em muitas formas de convívio. Essa conversa convoca um olhar sensível para os desafios cotidianos do cuidado, a urgência de políticas de acolhimento e a construção de espaços onde mães e crianças possam existir com escuta e afeto.
Com Cristina Quirino, Desirée Azevedo e Natasha Neri | Mediação: Marcela Cardoso
Em muitos territórios de favela, a investigação de crimes é atravessada por práticas de ocultamento que dificultam a produção de provas e a responsabilização dos envolvidos. Corpos retirados antes da perícia, vestígios apagados ou manipulados e a ausência de agentes especializados na cena são exemplos de um processo sistemático que silencia histórias e protege violências. Diante disso, o campo das ciências forenses — incluindo a arquitetura — aparece como uma ferramenta fundamental para reconstituir acontecimentos e ampliar as possibilidades de acesso à justiça e à reparação.
Com Ìyá Márcia de Ogun, Dandara Suburbana e Ìyá Paula de Odé | Mediação: Ekedi Fabiola Machado
Em tempos de avanço do fundamentalismo e da intolerância religiosa, as espiritualidades de matrizes africanas seguem enfrentando o racismo em seus corpos, terreiros e comunidades. Esta mesa reúne mulheres que mantêm viva a força dos orixás em territórios marcados por violências históricas. Compartilhando práticas que destacam a importância da cultura afro-brasileira, esse encontro afirma a centralidade das espiritualidades negras na luta por território.
Com Sabrina Azevedo, Ytxaha Braz, Raquel Marreiro e Lua Brainer | Mediação: Cathy Mcllwaine
Esta roda reúne jovens artistas que fazem da palavra, da imagem e do corpo ferramentas de reivindicação e transformação. Suas práticas nascem do confronto com as injustiças e da vontade de reinventar o mundo. Entre poesia, performance e outras linguagens, produzem novas narrativas, mobilizando e abrindo caminhos para fabular outros futuros no aqui-agora.
Com Diego Marcelino e Vitor Félix
A oficina promove uma reflexão crítica sobre como o esporte influencia na construção das masculinidades, questionando os modelos tradicionais que privilegiam força e agressividade, desvalorizando cuidado e empatia. A proposta é reimaginar o papel do esporte como espaço de inclusão e equidade de gênero.
Reparação é justiça social para todas as mulheres
Com Anielle Franco, Clarisse Taulewali da Silva e Macaé Evaristo | Mediação: Cristiane Brandão
Falar de reparação é imaginar estruturas onde o cuidado, a equidade e a liberdade sejam garantidos como direitos. É pensar políticas que nascem no cotidiano e ganham fôlego nas agendas de instituições que podem contribuir para avanços na proteção de mulheres. Uma conversa sobre passado, presente e porvir que se entrelaçam na busca por um tipo de justiça que reconheça as violências históricas e valorize nossas potências.
Michelle Gandra é cozinheira e instrutora do Maré de Sabores, projeto que promove geração de renda e inclusão social para mulheres da Maré, no Rio de Janeiro. Começou no projeto como aluna e hoje atua como coordenadora do buffet Maré de Sabores, um negócio social, e na formação de profissionais em gastronomia. É reconhecida pelo seu trabalho de empoderamento feminino através da culinária.
Artístico Cultural
Com Denise Lomeli
Circo Delivery é um espetáculo que retrata, de forma poética e surreal, o cotidiano de uma entregadora de aplicativos no Rio de Janeiro, que transforma o caos urbano em espaço de sonho ao pedalar seu monociclo. A criação é de Denise Lomeli, atriz, artista de circo e produtora cultural com 10 anos de trajetória. Formada em Produção Cultural pela UFF e em teatro pela Martins Penna, estudou nas escolas de circo Crescer e Viver (Brasil) e INAC (Portugal), com especialização em monociclo e portagem acrobática.
DJ Tamy, cria da Zona Norte do Rio, é uma das principais representantes femininas do hip hop e da música negra no Brasil. Já passou por grandes festivais, marcas e programas de TV, além de ser premiada como Melhor DJ de Hip Hop pelo WME Awards. Nessa oficina, vai conduzir uma introdução básica à mixagem, com técnicas simples, abordando velocidade da música, contagem de compassos e repertório.
Com Cynthia Phibel, Jessica Laguerre, Natty Montella e Stella Moutou
A obra com artistas de Guadalupe é composta por intervenções que combinam partilhas de leituras, performances e trocas no círculo da palavra cocriadora. A instalação, que evoca o espírito de comunidade e solidariedade da cultura guadalupense, acontece em torno de um círculo formado por pequenos bancos (tiban), dispostos numa roda, ao som de ritmos como tambor Ka, Gwoka e léwòzm (percussão tradicional). Músicas e cantoras convidam o público a participar. O tiban guadalupense simboliza proteção, sabedoria e conexão com os ancestrais.
Trocas de experiências
Com Leticia Guimarães, Gabrielly Martins e Thaynara Fernandes | Mediação: Anna Carolina Fraga
A crise climática não afeta todos da mesma forma; nas favelas, seus impactos se entrelaçam a desigualdades sociais e raciais históricas. Nessa roda, jovens que vivem e atuam nesses territórios compartilham suas experiências que colocam a justiça climática como um urgente debate, refletindo sobre a construção de alternativas políticas capazes de transformar realidades e garantir um futuro às próximas gerações.
Com Jurema Batista, Joana Angélica e Heloisa Marcondes | Mediação: Andreza Jorge
Nessa roda, encontram-se mulheres que foram e seguem sendo pilares da organização política nas favelas do Brasil. Referências históricas no ativismo de base, elas estiveram na emblemática reunião de Bertioga nos anos 1980 — marco na articulação de mulheres faveladas em torno de pautas urgentes como moradia, saúde, justiça e segurança. Com trajetórias que atravessam décadas, enfrentaram ditadura, ausência de políticas públicas, apagamentos institucionais e as múltiplas formas de violência racial e de gênero. Hoje, seguem semeando cuidado, memória e luta em seus territórios. A conversa será um tributo vivo às que vieram antes e seguem abrindo caminhos.
Com Pabla San Martin, Mestra Japira Pataxó, Edneide Pereira e Clarisse Ansoe-Tareau| Mediação: Alline Cipriano
Esse encontro destaca práticas de cuidado entre mulheres, conectando saberes ancestrais e evidenciando como a transmissão de conhecimento pode fortalecer comunidades. As convidadas ressaltam a importância da memória e da continuidade de práticas intergeracionais na promoção da saúde e na criação de espaços de cuidado e proteção para mulheres, reafirmando saberes coletivos que atravessam gerações.
Com Luyara Franco, Benny Briolly e Juliana Marques | Mediação: Lia Manso
Essa mesa convida a refletir sobre a importância da presença feminina no campo da política institucional — presenças ainda minoritárias, mas fundamentais para tensionar desigualdades históricas e abrir novas perspectivas de participação social. O encontro destaca práticas que fortalecem a coletividade e revelam o protagonismo das mulheres negras na formulação de agendas transformadoras, apontando para a construção de uma democracia mais plural, enraizada e viva.
Com Sarah Marques, Thuane Thux e Jurema Werneck | Mediação: Talíria Petrone
Um diálogo que reúne mulheres com vivências e origens distintas para compartilhar visões de mundo ancoradas no cuidado, na escuta e na ação coletiva. A partir de saberes construídos na relação com seus territórios, com a ancestralidade e com formas de resistência cotidianas, a conversa propõe uma reflexão sobre os impactos da crise climática e as múltiplas formas de enfrentamento já em curso.
Caroline Amanda é cientista social, psicanalista e especialista em saúde íntima, reprodutiva e sexual. É fundadora da Yoni das Pretas, primeira comunidade no Brasil a integrar saúde, conhecimento, cuidado e prazer, de forma emancipatória para o bem-viver — para quem cuida e merece ser cuidada.
Tamara Fideles é Gerente Comercial na Águas do Rio, onde lidera equipes que atendem mais de 1,4 milhão de pessoas em comunidades do Rio de Janeiro.
Aberta ao público
Espaço de acolhimento de bebês e seus responsáveis, pensado para o desenvolvimento da primeira infância, com livros, brinquedos educativos para estimular a criatividade e mobiliário para exploração autônoma da criança.
O conto de origem africana, adaptado do livro Lendas Negras, de Julio Emilio Braz, ganha uma versão de Teatro de Bonecos, de Juliana Figueiredo. É a história de uma menina dona de uma linda voz que é presa por um duende mau, com música e capoeira. Indicado para crianças a partir dos 5 anos.
Com Camila Zarite
Camila Zarite é atriz e contadora de histórias negras, que utiliza brinquedos pedagógicos afrocentrados, resgatando a ancestralidade negra no projeto educacional Akoko Nan Educação.
Aberta ao público
Com Camila Zarite
Camila Zarite é atriz e contadora de histórias negras, utiliza brinquedos pedagógicos afrocentrados, resgatando a ancestralidade negra no projeto educacional Akoko Nan Educação.
O conto de origem africana, adaptado do livro Lendas Negras, de Julio Emilio Braz, ganha uma versão de Teatro de Bonecos, de Juliana Figueiredo. É a história de uma menina dona de uma linda voz que é presa por um duende mau, com música e capoeira. Indicado para crianças a partir dos 5 anos.
Regards Croisés Féminins Créoles. O espaço funciona como um convite a se conectar com a diversidade desses territórios e será atualizado em tempo real durante os dois dias do Festival WOW.
Com Cedex
Cedex, artista contemporâneo da Guiana, realiza uma pintura ao vivo em frente à Casa Preta. Sua prática, atravessada por uma perspectiva queer e decolonial, entrelaça cartografias íntimas e coletivas da identidade. Ao longo de dois dias, Cedex realizará uma pintura in situ, em diferentes momentos do dia, criando também oportunidades de troca com o público sobre seu processo criativo.
Com Cynthia Phibel, Jessica Laguerre, Natty Montella e Stella Moutou
Lèspri Lakou: O círculo das vozes consiste em intervenções que combinam partilhas de leituras, performances e trocas no círculo da palavra cocriadora. A instalação evoca o espírito de comunidade e solidariedade presente na cultura guadalupense e será organizada em torno de um círculo formado por vários tiban, dispostos segundo o Lawonn (a roda, em créole), espaço circular do léwòzm, ritmo de percussão tradicional de Guadalupe. Em torno do KA e do GWOKA, músicos e cantores (tanbouyé e chanté) convidam o público a participar. O tiban guadalupense, um pequeno banco, com seus significados culturais e espirituais, simboliza proteção, sabedoria e conexão com os ancestrais.
Cria da Zona Norte do Rio, DJ Tamy é uma das principais representantes femininas do hip hop e da música negra no Brasil, idealizadora do movimento #BlackPopMusic, que ressignifica a presença da Black Music no mainstream. Seu single Nada me para une R&B, pop e rap, ao lado de Anchietx e Becca, e o EP Baile da Tamy (2024) é uma celebração das sonoridades periféricas, do poder feminino e da cultura urbana.
A cantora e compositora carioca mostra toda a sua versatilidade artística, passeando por R&B, soul music e afrobeats, sem deixar a MPB de lado. Depois dos sucessos LadoB (2021) e do EP Lapa (2022), BIAB se prepara para lançar um novo álbum em 2026.
O podcast inédito Visão de Dentro , lançado pela Redes da Maré, analisa e debate o papel das ciências forenses na luta por justiça para vítimas da violência de Estado. O conteúdo revela ainda os bastidores das dinâmicas das operações policiais, que provocam violações e impedem o acesso à segurança pública como um direito nesses espaços e o cumprimento da justiça. O podcast lança luz sobre a sistemática ausência de produção de provas, como as perícias de local em homicídios decorrentes de operações policiais em favelas, e suas consequências para o acesso à Justiça.
O Circuito CliMaré é um convite do Eixo de Direitos Urbanos e Socioambientais para uma caminhada pela Mare? com olhos atentos e ouvidos abertos. Durante o percurso, a proposta é conversar sobre desafios urbanos e socioambientais que atravessam a vida de quem vive na favela, como a falta de saneamento, o acúmulo de lixo e as ilhas de calor, mas também vislumbrar respostas criativas frente à crise climática. O circuito inclui a visita a um telhado verde, a um biodigestor e a composteiras, projetos realizados pela Redes da Mare.
Com Maiara Oliveira, Ana Paula Oliveira e Bruna Silva | Mediação Maria Tereza Cruz
Esse painel reúne mulheres que transformaram suas experiências em luta por justiça e reparação frente à violência armada. Inspirado na primeira temporada do podcast Visão de Dentro , o painel amplia para o espaço público as narrativas sobre os impactos das operações policiais em Manguinhos e na Maré, e as estratégias de enfrentamento a um sistema de justiça que insiste em falhar desde suas etapas iniciais. Mais do que testemunhos, este é um espaço de memória e mobilização coletiva, reafirmando a importância da investigação e da perícia de local como passos fundamentais para que a justiça se torne possível.
Em 2025, a Redes da Maré, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), realizou a pesquisa Infâncias na Maré — impactos da violência armada na saúde e imunização , que investigou como a violência armada e o racismo institucional afetam o direito à saúde de gestantes e crianças de 0 a 6 anos no Conjunto de Favelas da Maré. O estudo reúne dados sobre acesso ao pré-natal e à imunização, com base em entrevistas, grupos focais, observação em campo e análise de informações secundárias. O objetivo é evidenciar as barreiras impostas pela violência armada e como comprometem a continuidade do cuidado e a cobertura vacinal, além de apontar os efeitos emocionais e psicológicos vividos pela população da Maré.
Com: Flávia Antunes Michaud (Chefe do escritório do Unicef no Rio de Janeiro) e Luna Arouca (Núcleo de Acompanhamento Institucional/Redes da Maré)
Com: Carolina Dias (Coordenadora do eixo Direito à Saúde da Redes da Maré); Tatiana Dias (Especialista em Saúde e Primeira Infância da Unicef); Aline Aguiar (Superintendente da Promoção à Saúde/SMS-Rio) e Gislani Mateus (Superintendente da Vigilância em Saúde/SMS-Rio).
Com Vanda Canuto, Tatiana Altberg e mulheres participantes do Elas em Cena
O Espaço Normal, referência em redução de danos na Maré, completa dez anos em 2025. Desde 2023, desenvolve o Elas em Cena, que envolve mais de 40 mulheres em situação de rua, usuárias de drogas e em contextos de extrema vulnerabilização, construindo estratégias de cuidado, com perspectiva de gênero. Do processo nasceram duas produções: o livro Elas em Cena: experiências de mulheres em situação de rua e de redução de danos na Maré (2024), com fotografia, entrevistas e artigos das redutoras de danos, e o filme A minha vida já é um filme , realizado em 2025, que mostra a convivência no espaço como dispositivo de cuidado e liberdade.
Com Mulheres em Movimento da Maré
A roda de conversa “Do Luto à Luta” será um espaço para ouvir as vozes de mulheres da Maré que tiveram suas trajetórias atravessadas pela violência do Estado. Essas narrativas foram reunidas no livro, organizado pela professora Eblin Farage e fruto da parceria entre a Casa das Mulheres da Redes da Maré e o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Favelas e Espaços Populares (NEPFE) da UFF. A publicação mostra como o luto pela perda de filhos e familiares pode se transformar em força de resistência e mobilização coletiva. No encontro, essas mulheres compartilham memórias, denunciam injustiças e afirmam seu protagonismo na luta por segurança pública e direitos, mostrando que não são apenas vítimas, mas pessoas que constroem caminhos de justiça, memória e vida.
Com Ana Barreto, Emanuelle Góes e Rita Segato | Mediação: Milena Afonso
O que significa exercer o direito de decidir sobre o próprio corpo em contextos atravessados não apenas pelo racismo, violência institucional e desigualdade social, mas também por papéis de gênero rígidos e impostos? As convidadas articulam reflexões sobre justiça reprodutiva e acesso ao aborto como parte essencial das lutas por equidade e bem-viver, conectando-as a um panorama mais amplo das violências de gênero que limitam a autonomia das mulheres. Uma conversa que afirma o cuidado como prática política, o corpo como território de resistência e a urgência de transformar estruturas sociais que produzem e reproduzem desigualdades.
Com Manuela Thamani, Keit Lima e We’e’ena Tikuna | Mediação: Bela Reis
Esta roda investiga as desigualdades que atravessam as trajetórias de mulheres em contextos marcados por raça, gênero e classe, evidenciando como privilégios estruturais moldam oportunidades e desafios. As convidadas refletem sobre estratégias de construção de alianças femininas e coletivas para o enfrentamento da branquitude e suas implicações, fortalecendo redes de resistência e transformação social.
Com Dandara Rudsan, Buba Aguiar e Clarisse Taulewali Da Silva | Mediação: Daniela Fichino
Este encontro aborda os desafios enfrentados por ativistas na defesa dos direitos humanos e estratégias de proteção em contextos de vulnerabilidade. As participantes discutem como a articulação coletiva, redes e medidas de segurança são essenciais para sustentar a atuação de quem luta a favor de justiça e dignidade.
Com Jonas Maria, Midiã Noelle, Dríade Aguiar e Samela Marteninghi | Mediação: Sil Bahia
Esta mesa debate o uso das redes sociais como ferramenta de comunicação e mobilização, analisando seu potencial para dar visibilidade a causas sociais e culturais, ao mesmo tempo que evidencia contradições e desafios, como a exposição, a vigilância, as fake news e a desinformação. O encontro propõe uma reflexão crítica sobre como construir narrativas coletivas e estratégias de presença digital que fortaleçam vozes diversas, sem reproduzir desigualdades e opressões existentes.
Com Brenda Vitória, Kaê Guajajara e Lucca Lima | Mediação: Pâmela Carvalho
A identidade, longe de ser um lugar fixo, se desenha como um rio sempre em movimento. Esta mesa propõe refletir sobre os múltiplos atravessamentos que constituem identidades faveladas — raça, gênero, sexualidade, território e ancestralidade — reconhecendo suas estratégias de reinvenção. A conversa reúne perspectivas críticas e experiências vividas para pensar como essas identidades são performadas, tensionadas e reinventadas na contemporaneidade, em diálogo com práticas artísticas, políticas e comunitárias.
Náira Inácio morou por 16 anos na Maré, onde tem um empreendimento de beleza, na área de cílios e estética, junto com sua irmã. A partir da Nova Holanda, exerce seu protagonismo como empreendedora, apostando no território como espaço de autonomia financeira.
Com Luciano Ramos
Oficina formativa voltada a profissionais da saúde, educação e assistência social que atuam com crianças, adolescentes e jovens. O processo busca articular conhecimentos e práticas sobre equidade de gênero, saúde sexual e reprodutiva e corresponsabilidade masculina. Ao final da formação, cada participante será convidado a elaborar um Plano de Ação com atividades pedagógicas aplicáveis em seus territórios de atuação, fortalecendo redes de cuidado e prevenção das violências.
Com Juh Barbosa
Nessa oficina, idealizada pela designer, ilustradora e serigrafista Juh Barbosa, os participantes vão experimentar o processo de impressão manual em papel, criando cartazes autorais, enquanto exploram cores, texturas e composições. Sem necessidade de experiência prévia, a proposta é vivenciar a prática, de forma criativa e coletiva. Ao final, cada um poderá levar seu cartaz.
Com Adriana Veloso
A chef Adriana Veloso, do restaurante Pescados na Brasa, convida o público para uma imersão nos sabores da Amazônia. Nesta oficina, o tradicional vatapá paraense ganha destaque como símbolo de afeto, memória e ancestralidade. Enquanto prepara o prato, Adriana compartilha histórias, técnicas e segredos da culinária do Norte, mostrando como a cozinha pode ser um espaço de resistência cultural e celebração coletiva.
Espaço de voz e visibilidade para ativistas que, a partir de suas próprias trajetórias, apresentam campanhas, lutas e estratégias coletivas em defesa de direitos. A ação reúne diferentes pautas de mobilização social, compartilhadas diretamente por quem as constrói no cotidiano, fortalecendo diálogos, alianças e perspectivas de transformação.
Yonara Costa é escritora, editora, educadora e conselheira de cultura do Leste Fluminense. Nascida em São Gonçalo, é mestra em Literatura Brasileira (UFRJ) e doutoranda em História Social (UERJ/FFP), pesquisando os apagamentos das mulheres na historiografia local a partir de gênero, raça e classe. Idealizadora da coletiva Escritoras Vivas, promove formação e mentoria para impulsionar a voz de mulheres escritoras.
Com Nalva de Rita de Chicó
Nesta oficina, o universo do Coco de Caiana dos Crioulos é apresentado como uma das mais importantes manifestações culturais populares do Nordeste brasileiro. O coco, com suas batidas marcantes, cantos de improviso e dança coletiva, nasce da força comunitária e da tradição oral transmitida entre gerações. Nalva convida o público a vivenciar a energia do batuque, do canto e da roda, destacando o coco como expressão de resistência, memória e identidade afroindígena nordestina.
Com Guacira Oliveira e Isabel Silva
Oficina de autocuidado e cuidado coletivo entre ativistas, voltada à proteção integral de defensoras. A atividade organizada pelo Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA) envolve exercícios de redução de estresse e alívio de tensões, a apropriação da experiência no próprio corpo e da sua ressonância no coletivo, e ainda a reflexão sobre a relação entre as dimensões micro e macropolítica, pessoal e coletiva da proteção.
Mariana Rossi é especialista em gestão de pessoas em contextos complexos. Formada em Relações Internacionais (UnB) e com mestrado em Gestão de Recursos Humanos (Universidade de Londres), tem mais de 10 anos de experiência em RH, com passagens por zonas de crise como Iraque, Sudão do Sul e Serra Leoa. Atualmente, é diretora internacional de RH dos Médicos Sem Fronteiras Brasil, onde atua para atrair, desenvolver e reter profissionais humanitários.
Com Sueli Carneiro, Christiane Taubira e Tatiana Roque | Mediação: Flávia Oliveira
Confabular futuros é apostar na imaginação como força política capaz de reinventar horizontes de justiça e liberdade. Este encontro abre espaço para pensar como experiências críticas e lutas coletivas podem sustentar realidades mais igualitárias, afirmando a democracia como construção viva e em permanente disputa.
Com Calila das Mercês, Adriana Kairos e Carol Dall Farra | Mediação: Manoela Ramos
Nesta conversa, a escrita aparece como gesto que atravessa territórios, silêncios e reinvenções. Fabular é existir de outros modos: abrir mundos, contornar fronteiras, e traçar caminhos. Aqui, a criação de narrativas feitas por mulheres afirma e sustenta memórias insurgentes.
Com Eliana Sousa Silva, Silvia Ramos e Camila Moradia | Mediação: Cecília Oliveira
Esta mesa discute estratégias e instrumentos de incidência política voltados à garantia do direito à segurança pública em territórios favelados. O encontro aborda os desafios enfrentados por moradores e propõe reflexões sobre como políticas, mobilização comunitária e articulações coletivas podem efetivar direitos, prevenir violências e fortalecer a proteção de quem vive em contextos de vulnerabilidade
Com Marcele Oliveira, Thais Ferreira e Kamila Camillo | Mediação: Lorena Froz
Este encontro propõe uma reflexão sobre saberes e práticas coletivas no enfrentamento à crise climática. Serão destacadas as vozes de comunidades impactadas, estratégias de resistência e proteção dos territórios, o protagonismo juvenil e as articulações locais e globais, evidenciando como justiça climática, direitos humanos e cuidado coletivo se entrelaçam na criação de futuros possíveis.
Com Miriam Parga, Carol Barcellos e Raíssa Lima | Mediação: Antonia Pellegrino
Seja no ringue, na quadra ou nos bastidores, mulheres seguem abrindo caminhos em territórios historicamente marcados pelo machismo. Esta mesa reúne atletas e treinadoras que transformam suas trajetórias pessoais em força coletiva, mostrando como a prática esportiva pode ser espaço de igualdade e inspiração. Entre conquistas, desafios e disputas por reconhecimento, o encontro convida a pensar o esporte como campo de saúde, liberdade e potência para meninas e mulheres.
Com Juliana Guajajara
A oficina tem como proposta experimentos de técnicas de impressão manual e de pintura com pigmentos naturais, a partir de elementos orgânicos como folhas, galhos, sementes e o que mais estiver disponível. As tintas são confeccionadas a partir de argila, carvão ou flores e temperos. A oficina mobiliza uma abordagem que valoriza a impermanência dos borrões, os traços assimétricos orgânicos e as formas espontâneas, facilitando a participação de públicos diversos.
Com Denise Lomeli
Circo Delivery é um espetáculo que retrata, de forma poética e surreal, o cotidiano de uma entregadora de aplicativos no Rio de Janeiro, que transforma o caos urbano em espaço de sonho ao pedalar seu monociclo. A criação é de Denise Lomeli, atriz, artista de circo e produtora cultural com 10 anos de trajetória. Formada em Produção Cultural pela UFF e em teatro pela Martins Penna, estudou nas escolas de circo Crescer e Viver (Brasil) e INAC (Portugal), com especialização em monociclo e portagem acrobática.
Esta feira reúne coletivos e organizações em um espaço de diálogo aberto, com campanhas, rodas de conversa e atendimento de dúvidas sobre temas ligados aos direitos humanos. Além das trocas e mobilizações, contará com música ambiente e um espaço de convivência com brindes, criando um momento de partilha, aprendizado e celebração coletiva.
Com Ana Clara Acioli, Juliana Amador e Miriam Krenzinger
Espaço de reflexão e troca sobre a trajetória e o legado da juíza Patrícia Acioli. A atividade contará com a presença de Miriam Krenzinger (professora da UFRJ e coordenadora da Cátedra Patrícia Acioli), Juliana Amador (ativista e apresentadora do programa Senta Direito Garota!) e Ana Clara Acioli (advogada e filha de Patrícia Acioli).
We’e’ena Tikuna é pioneira como influenciadora indígena no Brasil. Nascida na terra indígena Tikuna Umariaçu (AM), é ativista, palestrante, estilista, cantora, artista plástica e TED Speaker. Com quase 5 milhões de seguidores, promove diálogos sobre meio ambiente e valorização da cultura indígena, ampliando vozes e transformando seus projetos em experiências culturalmente relevantes e acessíveis.
Com Kay Rufai, Cedex e Graziela Santos | Mediação: Diego Marcelino
Espaço de diálogo e escuta sobre as vivências de jovens em seus diversos territórios, considerando como gênero, raça e classe atravessam a construção de identidades e projetos de vida. A roda busca valorizar as vozes juvenis e seus potenciais de transformação social, explorando caminhos para a promoção da equidade, da corresponsabilidade masculina e da justiça social.
A Casa das Mulheres da Maré ocupa um lugar fundamental na história do festival na Maré, tendo sido o começo das reflexões sobre gênero e a potência das mulheres no território. Nesta visita guiada, as participantes terão a oportunidade de conhecer mais sobre a trajetória da Casa, sua importância para a defesa dos direitos das mulheres e o histórico de força, resistência e luta das mulheres da Maré.
Com Veridiane Vidal
Um espaço de troca, cuidado e reconexão. Durante esta oficina, serão compartilhados saberes e técnicas de tranças para iniciantes, promovendo um momento de autocuidado, resgate de memórias e valorização da identidade. Mais do que aprender a trançar, é uma oportunidade de tecer histórias, fortalecer laços e celebrar nossas raízes.
Com Artivistas
Ação artístico-performativa criada pelas Jovens Artivistas para o WOW Maré é fruto do percurso formativo sobre ativismo e arte, iniciado em maio de 2025. A caixa é uma ferramenta simbólica e prática que promove o pensamento crítico, propicia reflexões e diálogos e o engajamento juvenil por meio da arte. A ação é espontânea, móvel e interativa, promovendo um ambiente de troca, escuta e visibilidade das experiências territoriais das jovens ativistas e do público, que poderá se engajar a partir de performances livres.
Oficina sobre a trajetória da juíza Patrícia Acioli com Miriam Krenzinger (professora UFRJ- Cátedra Patrícia Acioli), Juliana Amador (ativista e apresentadora do programa Senta Direito Garota) e Ana Clara Acioli (Advogada e filha de Patrícia Acioli).
Conheça seus direitos
Com Adriana Cruz — Parceria Globo
A oficina com a juíza federal Adriana Cruz busca informar e empoderar mulheres sobre seus direitos, abordando leis específicas, formas de acesso à Justiça e redes de apoio. Serão tratados temas como direitos econômicos, proteção contra violência e participação política e social, destacando o conhecimento como primeiro passo para a transformação. O encontro também mostrará como o audiovisual pode ser usado na divulgação desses direitos.
Com Clarisse Taulewali da Silva, Yémendja Abatuci e Cynthia Phibel | Mediação: Vanu Rodrigues
Esta conversa se propõe a refletir sobre como a arte, em suas múltiplas linguagens, pode funcionar como espaço de inscrição da memória coletiva e de atualização dos rituais que atravessam experiências plurais. O debate tem como proposta mostrar como práticas criativas não apenas evocam a ancestralidade e recuperam histórias silenciadas, mas também produzem novas formas de existir. O encontro destaca a arte enquanto ritual vivo, capaz de tecer continuidade entre passado, presente e futuro, reafirmando vínculos comunitários e imaginando mundos outros.
Wanda Araújo é mulher negra, sambista, agitadora cultural, educadora, jornalista e Iyalorixá. Avó de Miguel e cria de favela, é militante de causas anticoloniais, antirracistas e abolicionistas. Em 2008, fundou o Centro de Tradições Egi Omim — um quilombo urbano, em Santa Teresa (RJ), que integra espiritualidade afro-brasileira a projetos artísticos, culturais, políticos, educativos, socioambientais e de economia orgânica.
Com Alessandra Roque, Renata Reis e Raphaëlle Rinaldo | Mediação: Julia Rossi
Sementes que brotam onde parecia não haver vida e anunciam ciclos de regeneração. Esta conversa percorre experiências de enfrentamento ao racismo ambiental, evidenciando desigualdades profundas que afetam comunidades historicamente marginalizadas. As participantes compartilham práticas que nascem em territórios comunais e resistem à lógica extrativista e capitalista que assombra nosso tempo.
Com Magá Moura, Tiyê Macau e Chiquita da Feira de São Cristóvão | Mediação: Inaê Moreira
Entre deslocamentos e fluxos migratórios, esta mesa revela como o protagonismo nordestino atravessa fronteiras e leva consigo saberes e tradições que transformam. Suas trajetórias contribuem para fortalecer comunidades, ampliar espaços culturais e inspirar novas formas de engajamento social, abrindo caminhos para viver, habitar e sustentar o mundo de maneira mais coletiva e inventiva.
Com Lívia Casseres, Vanda Canuto e Silvie Ojeda | Mediação: Jessica Souto
Com diferentes experiências, as convidadas abrem espaço para pensar alternativas para a política de drogas no Brasil. A conversa provoca reflexões sobre como práticas de redução de danos podem se tornar horizontes possíveis frente ao encarceramento em massa e à violência policial. O diálogo aponta para caminhos concretos que reconhecem a integridade, a autonomia e a vida de quem está diretamente atravessado por essa realidade.
Com Renata Roqui, Tia Nice, Fernanda Telles e Tania Nhantumbo | Mediação: Mariana Aleixo
Esta mesa discute o empreendedorismo a partir da perspectiva das mulheres, destacando como a criação coletiva e o protagonismo feminino podem transformar ideias em projetos concretos. O encontro propõe refletir sobre os desafios, as estratégias e as inspirações que impulsionam sonhos, fortalecendo redes de colaboração e inovação em diferentes contextos sociais e econômicos.
Bate-Papo sobre Marchas de Mulheres
Um bate-papo com ativistas engajadas na mobilização para as Marchas das Mulheres Negras e Indígenas em Brasília, marcadas para novembro. O encontro cria um espaço de troca de experiências e reflexões sobre lutas, conquistas e desafios desses movimentos que afirmam a potência das mulheres na construção da justiça social e na criação de futuros plurais.
Com Ana Azevedo e Débora Oliveira | Mediação: Carla Angelini
Esta mesa propõe uma reflexão sobre como crenças e práticas religiosas confrontam questões de autonomia e direito sobre corpos de mulheres. Um espaço para pensar sobre as tensões e os diálogos entre moral, fé e justiça reprodutiva. Entre narrativas pessoais, éticas e coletivas, emergem possibilidades de imaginar decisões que respeitem a liberdade, a dignidade e a diversidade de experiências.
Compartilhando trajetórias
A temperatura na Maré costuma atingir altos níveis em comparação a outros bairros do Rio de Janeiro. O projeto Climaré, uma parceria dos eixos Direitos Urbanos e Socioambientais e Direito à Saúde, da Redes da Maré, investiga a relação entre calor e conforto térmico e a saúde física e mental dos moradores do Conjunto de Favelas da Maré. Neste encontro, as integrantes do projeto compartilham suas trajetórias como jovens ativistas climáticas da Maré, trazendo perspectivas do território para o debate sobre justiça ambiental.
Com Míriam Parga
Míriam Parga é treinadora de boxe, com ampla experiência na formação de atletas desde a base até o nível de elite. No projeto Luta Pela Paz, orienta mais de 40 jovens mulheres de 14 a 29 anos, e integra a Seleção Carioca de Boxe como técnica. Indicada pelo Comitê Olímpico do Brasil, participa do programa Mira Treinadoras, que fortalece a presença feminina no esporte olímpico. Sua missão é transformar vidas por meio do boxe, promovendo disciplina, empoderamento e novas oportunidades para meninas e mulheres.
Oficina
Com Annie Caroline dos Santos e Karine Pereira
Oficina de práticas de jiu-jítsu para meninas e mulheres, com foco na defesa pessoal, proteção, fortalecimento de autoconfiança, consciência corporal e capacidade de reação em situações de risco. Karine Pereira é cria da Maré, moradora do Salsa e Merengue, faixa marrom de jiu-jítsu. Annie Caroline é educadora esportiva e social na Luta pela Paz.
Olhares Crioulos Femininos Cruzados
Com Beatriz Mendes, Juciene Oliveira, Maiara Carvalho, Silvana Luca, Nil Quivar e Yémendja Abatuci
A oficina convida a explorar, por meio do Teatro Fórum, situações do cotidiano que afetam meninas e mulheres, criando um espaço coletivo de escuta, encenação e reflexão. A metodologia participativa permite experimentar diferentes papéis e imaginar estratégias de resolução de conflitos no coletivo e a partir da arte. A proposta será construída em colaboração entre a artista Nil Quivar (Martinica) e o Coletivo Madalena Anastácia, tecendo diálogos entre experiências locais e diaspóricas e fortalecendo práticas coletivas de resistência e cuidado.
Com Taísa Machado, Mariluz, Aline Maia e Idayá Oliver
O time de quatro artistas da dança, com foco no funk, rebolado e passinho, se junta, nessa oficina, para oferecer ao público uma experiência de coreografia, memória e celebração. Com chancela da plataforma Afrofunk Rio, o quarteto repassa a história do funk carioca, mostrando o protagonismo das mulheres, enquanto ensina à turma passinho, rebolado e outras linguagens de dança que marcaram diferentes gerações.
Mariana Guimarães é artista, educadora e pesquisadora. Sua investigação tem como foco o fio como dispositivo de mediação na arte contemporânea, educação e clínica, em diálogo com práticas ancestrais de tessitura. É pós-doutoranda em Psicologia (UFRJ), doutora em Artes Visuais (UFRJ), mestre em Artes e Design (PUC-Rio) e docente do CAP-UFRJ. Recebeu prêmios do MinC (2007) e Instituto Arte na Escola (2014). Em 2020, lançou o documentário Tecer Mulher Terra e idealizou o Sentidos do Fio, filmes que ampliam reflexões sobre o fio como linguagem artística e social.
Com Luciana Barros
Dizer sim para o cuidado do corpo é um manifesto. Em uma sociedade onde descansar não é um direito, a oficina é um convite a uma pausa em movimento, um momento para ouvir o corpo e movimentar-se com a vida. Diluindo e fluidificando as emoções através do toque e de experiências somáticas, dançando uma dança interior, com o corpo e com o território dos participantes, pulsando vida e sentindo o fluxo sanguíneo. Uma ideia de se sentir vivo, latente.
Com Gabi Juns
Inspiradas pela HQ Impedimento, que constrói uma ficção no mundo do futebol a partir da pergunta "E se os homens cis engravidassem?", os participantes são convidados a construir pequenas ficções especulando outros "e se?", brincando com o passado, o presente e o futuro.
Práticas de cuidado e acolhimento entre mulheres
Com Renata Souza, Ryanne Leão e Shingai| Mediação: Caroline Amanda
O cuidado se revela nas práticas que sustentam a vida e também no impulso criador que reinventa caminhos, imagens e possibilidades de estar juntas. Entre presenças que se escutam, ele floresce como força que atravessa corpos e territórios, desafiando os moldes rígidos do produtivismo. Nesta mesa, o cuidado é pensado como prática capaz de transformar vulnerabilidades em potências coletivas. Um convite a reconhecer como, no encontro de histórias e experiências, surgem novas formas de criar e reencantar o mundo.
Com Iyá Wanda, Nalva de Rita de Chicó e Niara do Sol | Mediação: Simonne Alves
Essa roda nos convida a habitar teias que conectam ancestralidades. Aqui, saberes tradicionais se encontram, inaugurando caminhos por onde emergem possibilidades de aquilombamento, resistência poética e invenção de mundos. Vislumbra-se a potência do sagrado como força coletiva e como espaço para escutar os saberes da terra.
Com Tatiana Martinewski e Tainá Alvarenga| Mediação: Vera Cordeiro
Crescer em contextos atravessados pela violência armada significa ter sonhos, brincadeiras e direitos constantemente interrompidos. Para muitas crianças, a escola, a saúde e a possibilidade de brincar com liberdade tornam-se conquistas diárias diante da insegurança que marca seus territórios. Este encontro nos convida a pensar estratégias que assegurem que infâncias faveladas possam existir com dignidade.
Eliane Ferreira é educadora, psicóloga e escritora, com longa atuação na Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro, construindo uma trajetória marcada pelo compromisso com a educação, o desenvolvimento humano e a construção de espaços de escuta, acolhimento e transformação. Foi professora, coordenadora pedagógica e diretora escolar com 35 anos de experiência na pública, dos quais 23 trabalhando na Maré. É autora do livro Joaninhas também voam: memórias, escola, escolhas, existências e resistências.
Olaolu Fajembola é uma cientista cultural, autora e empreendedora que vive em Berlim. Junto com Tebogo Nimindé-Dundadengar, criou a Tebalou, loja online de brinquedos voltada para a diversidade. São autoras do best-seller Me empresta o tom de pele, sobre como conversar com crianças sobre racismo, e fazem workshops sobre empoderamento e diversidade. Olaolu foi destaque na lista das 100 Mulheres do Ano da revista Focus em 2020 e 2021.
FutWOW é o primeiro campeonato de futsal que celebra o esporte como ferramenta de transformação social e valoriza os talentos do Conjunto de Favelas da Maré. O torneio é uma iniciativa do Festival Mulheres do Mundo - WOW Rio, em parceria com o MariEllas Futsal Clube. Quatro equipes irão se enfrentar em um dia de disputas eliminatórias, com destaque para os times de meninas, mulheres, homens trans e pessoas não binárias.
Aberta ao público
Com Juliana Figueiredo
Nesta montagem do teatro de bonecos criado por Juliana Figueiredo, as personagens Dandara e Ilê apresentam a história de um conto tradicional brasileiro em que a raposa está sempre fugindo da onça e, para escapar, se passa por um animal que não existe, o bicho folharal, mostrando sua inteligência. Tem música ao vivo e capoeira. Indicado para crianças a partir dos 4 anos.
Aberta ao público
Espaço de acolhimento de bebês e seus responsáveis, pensado para o desenvolvimento da primeira infância, com livros, brinquedos educativos para estimular a criatividade e mobiliário para exploração autônoma da criança.
Com Juliana Figueiredo
Nesta montagem do teatro de bonecos criado por Juliana Figueiredo, as personagens Dandara e Ilê apresentam a história de um conto tradicional brasileiro em que a raposa está sempre fugindo da onça e, para escapar, se passa por um animal que não existe, o bicho folharal, mostrando sua inteligência. Tem música ao vivo e capoeira. Indicado para crianças a partir dos 4 anos.
Regards Croisés Féminins Créoles. O espaço funciona como um convite a se conectar com a diversidade desses territórios e será atualizado em tempo real durante os dois dias do Festival WOW.
Com Cedex
Cedex, artista contemporâneo da Guiana, realiza uma pintura ao vivo em frente à Casa Preta. Sua prática, atravessada por uma perspectiva queer e decolonial, entrelaça cartografias íntimas e coletivas da identidade. Ao longo de dois dias, Cedex realizará uma pintura in situ, em diferentes momentos do dia, criando também oportunidades de troca com o público sobre seu processo criativo.
Com Cynthia Phibel, Jessica Laguerre, Natty Montella e Stella Moutou
Lèspri Lakou: O círculo das vozes consiste em intervenções que combinam partilhas de leituras, performances e trocas no círculo da palavra cocriadora. A instalação evoca o espírito de comunidade e solidariedade presente na cultura guadalupense e será organizada em torno de um círculo formado por vários tiban, dispostos segundo o Lawonn (a roda, em créole), espaço circular do léwòzm, ritmo de percussão tradicional de Guadalupe. Em torno do KA e do GWOKA, músicos e cantores (tanbouyé e chanté) convidam o público a participar. O tiban guadalupense, um pequeno banco, com seus significados culturais e espirituais, simboliza proteção, sabedoria e conexão com os ancestrais.
DJ Fran imprime em seus sets a versatilidade de transitar por diferentes ritmos com autenticidade, entregando pistas sempre dançantes, divertidas e cheias de nostalgia. Já fez o público vibrar em eventos como Baile do Saddam, Black Base, Mondial de la Bière, Turnê Criolo 50 anos, Multishow e Chuveirão Sprite. Integra a Casa do Rock no festival Rock the Mountain.
Kaê Guajajara é cantora, compositora, atriz, autora e ativista, unindo inovação e raízes ancestrais indígenas em sua música. Nascida no Maranhão e criada na Maré, lidera a proposta da Música Popular Originária, ampliando a visibilidade dos povos indígenas. Participou do Rock in Rio em 2024 com o show Para Sempre Favela é Terra Indígena e foi articuladora de registros de composições em idiomas indígenas na UBC. Em 2025, esteve no Palco Factory do The Town, onde apresentou Forest Club, álbum que mistura funk, french house, amapiano, eletrônica e música popular originária.
Originalmente formado por oito irmãos, o grupo conquistou o público nos anos 1990 e 2000 com hits como Jeito sexy, Fim de tarde e Eu não vou. Está de volta em nova formação, com as irmãs Suzete, Kátia e Simone Cipriano, celebrando os 25 anos de carreira com a turnê Fat Family 25 Anos. O novo show é repleto de sucessos e arranjos contemporâneos, mantendo a energia contagiante que é marca dessa história. A turnê já passou por cidades como Porto Alegre, Campinas e São Paulo, e continua a levar a potência vocal e a representatividade da música negra brasileira aos palcos.
Parceria do WOW Rio com a Luta Pela Paz e o projeto Destemidas, a corrida celebra a energia feminina e o movimento coletivo, ocupando as ruas da Maré num percurso de quatro quilômetros. Criado há oito anos pela Luta Pela Paz e a jornalista Carol Barcellos, o projeto inspira e valoriza o protagonismo das mulheres no esporte. A corrida celebra também os 25 anos da Luta pela Paz. A concentração e o aquecimento estão previstos para as 7h, em frente à sede da organização.
Com Mulheres ao Vento
Criado em 2016 por Andreza Jorge e Simonne Alves, o Mulheres ao Vento é um projeto de dança antirracista de base comunitária com foco na produção artística e ativista de mulheres no Conjunto de Favelas da Maré. Inspirado e adaptado a partir de um dos itans (lendas) do orixá Nanã, A terra que piso é Maré narra histórias que acontecem na Nova Holanda, uma das 15 favelas da Maré, onde mulheres protagonistas da luta e da transformação se tornam a base e o coração do território.
Explosão de personalidade e criatividade, Laís Conti sabe trabalhar em seu set grande diversidade de estilos musicais. Seu domínio do open format já fez com que a DJ tocasse em grandes casas, festas, festivais e aparelhos culturais como Circo Voador, Museu de Arte do Rio, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Rock The Mountain, além de festivais e gigs internacionais em Bruxelas, Paris e Barcelona. A DJ mistura funk, house, rap, R&B e MPB, sempre mesclando a nostalgia com a atualidade.
Becca Perret carrega em sua arte a essência da música brasileira. Nascida em Vila Isabel, berço do samba, a cantora e compositora traduz sua brasilidade em um som autêntico, onde MPB, Bossa e Groove se entrelaçam com suavidade e personalidade. Com mais de 11 milhões de streams no Spotify, Becca encanta pelo timbre marcante e pela capacidade de transformar sentimentos em música, criando um universo sonoro único e envolvente.
Priscila Senna nasceu em Olinda (PE), é cantora e compositora de brega romântico e é conhecida como A Musa por ser ex-vocalista da banda Musa. Iniciou carreira solo em 2012 e é dona de grandes sucessos como Alvejante (com Zé Vaqueiro) e Nove da Manhã, conquistando reconhecimento nacional e prêmios em festivais. Ícone do brega pernambucano, colabora com outras artistas de renome como Liniker e mantém grande presença digital e também nos principais palcos do Brasil.
MC Luanna é nascida em Ubaitaba (BA) e criada em São Paulo. É cantora de funk consciente e começou sua trajetória na música pela dança e por influência do irmão DJ. Em 2020, lançou seu primeiro single Kit Rosa, seguido pelo EP Maldita e pela mixtape 44, que apresentou sua transição de Luana para a persona artística Mc Luanna, explorando temas pessoais e sociais. Com rimas afiadas e introspectivas, a artista combina confiança e sensibilidade, mostrando seu crescimento artístico e a importância da autoafirmação e da terapia em seu processo criativo.
A proposta é aprofundar perspectivas, ações e vivências de mulheres que atuam em seus territórios e/ou trazem a perspectiva de seus grupos sociais, para engajar a plateia e pluralizar as conversas.
Troca de ideias e opiniões sobre assuntos atuais de interesse das mulheres, para o aprofundamento de temas e ampliação de perspectivas.
Partilhas de experiências e práticas em encontros estratégicos, para a articulação de agendas políticas coletivas das mulheres.
Espaço de partilha das histórias inspiradoras de vida das convidadas com o público, para a celebração coletiva de trajetórias individuais de mulheres.
Atividades com o público guiadas pelas convidadas.
Programa da Temporada França-Brasil 2025, a iniciativa reúne convidadas de Guiana, Martinica e Guadalupe para trocas e intercâmbios.
Atividades pensadas pelo projeto que une arte e política para fortalecer jovens mulheres da Maré e do Alemão.
Eixo masculinidades, com reflexões sobre equidade de gênero, direitos reprodutivos e corresponsabilidade masculina para a transformação social.
Apresentação de projetos e ações que buscam a efetivação dos direitos fundamentais da população do Conjunto de Favelas da Maré.
Espaço de visibilidade para projetos e ações de ativismo de organizações parceiras, com encontro, oficinas e feira.
Atividades para as crianças nas bibliotecas.
Programação de shows.
Instalação, pintura ao vivo e performances.
Campeonato de futsal e corrida.
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